Ex-paciente faz doação ao Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal

“Minha gratidão e reconhecimento serão eternos; afinal são mais de 20 anos de tratamento aqui recebendo atenção, orientação e carinho”, afirmou Diego Augusto Gross, ex-paciente do Caif – Centro de Atendimento Integral ao Fissirado Labiopalatal – e que fez uma doação de uma impressora 3D para apoio nas cirurgias buco-maxilo-faciais.

 

Aos 26 anos, Diego conta que chegou à instituição ainda bebê para correção de fissura no lábio. “Fui acompanhado todo esse tempo no Caif e no Hospital do Trabalhador, passei por mais de 10 cirurgias e faço o que considero o mínimo para agradecer e também ajudar os pacientes, principalmente as crianças”, afirma o jovem.

 

O Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labioplalatal é uma das unidades de saúde que integram o Complexo Hospitalar do Trabalhador, em Curitiba e ligado à Secretaria da Saúde do Paraná; oferece assistência com equipes multiprofissionais, promovendo a reabilitação estética e funcional a portadores de má-formação craniofacial congênita.

 

“É o primeiro equipamento com esta tecnologia que teremos no Caif e o maior significado para instituição é o reconhecimento. A doação de um paciente sensibiliza e engrandece a nossa equipe e destaca o trabalho humanizado que priorizamos nesta gestão.”, ressalta o diretor superintendente do Complexo do Trabalhador, Geci Labres de Souza.

 

Segundo Geci Labres, o Caif tem uma característica especial, pois realiza tratamentos prolongados, envolvendo também os familiares. “Nossos pacientes criam uma história com a instituição, chegam aqui nos primeiros meses de vida e ficam por anos, na maioria das vezes até a adolescência, sendo acompanhados nos vários serviços que o Governo do Estado oferece”, complementa o diretor.

 

Tecnologia 

A impressão 3D possibilita ao desenvolvimento de réplicas das regiões doentes para estudo pré-operatório e guias cirúrgicos sob medida que orientam a posição de cortes ósseos, direcionam as perfurações para implantes ou reposicionam partes ósseas fora do lugar. “Nós passamos daquele molde tradicional para o molde digital, com capacidade de próteses ainda mais adequadas e perfeitas aos pacientes”, informa Geci labre de Souza.

O processo diminui o tempo de cirurgia em até 25% , reduz o risco de infecções e torna o transoperatório mais confortável. Além disso, a digitalização permite a comunicação entre profissionais para compatibilizar todos os procedimentos protéticos e cirúrgicos no computador. Isso evita que erros da parte cirúrgica prejudiquem a parte da protética.

A primeira cirurgia utilizando a impressora 3D como guia deve acontecer em novembro.