No verão, com temperaturas mais elevadas, os cuidados com a conservação dos alimentos precisam ser intensificados. O calor propicia a multiplicação de bactérias e outros microrganismos e a produção de toxinas que podem contaminar os alimentos e a água. Os produtos de origem animal, como carnes, leite, ovos e derivados, são perecíveis e devem receber atenção especial, pois sofrem rápida deterioração com o calor.
O descuido com a conservação e o preparo dos alimentos pode ocasionar infecções ou intoxicações, as chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), cujos sintomas mais comuns são vômitos, diarréias, dores abdominais, náuseas, febre e outros, que podem se agravar levando a complicações e até a morte.
Para evitar problemas, a coordenadora da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde, Luciane Otaviano de Lima, orienta que ao comprar alimentos devem ser observadas as características dos produtos. “Os alimentos refrigerados e congelados devem estar armazenados em locais adequados. As embalagens dos congelados, por exemplo, não podem apresentar-se amolecidas ou danificadas com indícios de descongelamento”, disse.
Ela salienta ainda a importância aos cuidados que devem ser seguidos para a compra de pescados frescos, já que são produtos altamente perecíveis.
“Os peixes frescos devem apresentar olhos brilhantes e salientes, textura firme com escamas bem aderidas à pele, as guelras fortemente rosadas ou de coloração vermelho vivo, úmidas e brilhantes, a superfície do corpo limpa, com brilho metálico, carne firme com consistência elástica; abdômen tenso, que não deixa marca à palpação dos dedos e o odor suave”.
No caso dos crustáceos, (camarões, siris, caranguejos, lagostas), o aspecto deve ser brilhante e úmido, corpo com curvatura natural rígida, carapaça bem aderida ao corpo, odor e cor característicos da espécie, sem pigmentações estranhas, artículos firmes, olhos vivos e destacados.
Ao comprar e preparar alimentos no verão siga essas dicas:
– atentar-se ao prazo de validade dos alimentos;
– lavar as mãos antes de iniciar a preparação e durante o processo sempre que necessário;
– higienizar o local de preparo, equipamentos, superfícies e utensílios, como faca e tábuas de corte;
– realizar a lavagem de frutas, verduras e legumes em água corrente;
– evitar a contaminação cruzada, com a separação de carnes e peixes crus de outros alimentos, por meio do uso de diferentes utensílios, como facas e tábuas e corte e realizando a guarda dos alimentos em recipientes/embalagens fechados para que não haja contato entre alimentos crus e cozidos;
– realizar o descongelamento dos alimentos em refrigerador, ou em forno de microondas quando o alimento for submetido imediatamente ao cozimento, de modo a garantir sua conservação;
– refrigerar os alimentos cozidos e perecíveis preferencialmente abaixo de 5°C, e manter os alimentos cozidos quentes acima de 60°C até o momento de serem servidos;
– utilizar somente água tratada ou fervida;
– utilizar água potável para o preparo de gelo. Quando o gelo é utilizado para refrigeração externa de latas, garrafas plásticas ou de vidro, isopor de forma geral, ainda que seja fabricado com água potável, o mesmo perde sua característica de inocuidade (de não causar dano à saúde) ao ser aberto e exposto a esses recipientes e, nesse caso, não deve ser ingerido com bebidas ou outros alimentos.
Caso o consumidor identifique irregularidades deve denunciar à Vigilância Sanitária do município. Outro meio de realizar a denúncia é pela Ouvidoria Geral da Saúde SESA/Paraná pelo telefone 0800 644 4414.