Rol de procedimentos: como ele impacta o mutualismo na saúde?


(Foto: Ilustração/Shutterstock)

Incorporações de novas tecnologias devem ser avaliadas pensando no financiamento e sustentabilidade das operadoras de planos de saúde

O que impacta a sustentabilidade de uma operadora de planos? Os fatores são vários: o tamanho da carteira de beneficiários, a frequência e o modo de uso do plano de saúde por parte dos clientes, a solicitação de exames pelos médicos, e, principalmente, os procedimentos, tratamentos e medicamentos que têm cobertura obrigatória. Alguns desses procedimentos, que compõem o Rol da Agência Nacional de Saúde (ANS), têm causado impactos diretos e expressivos na manutenção e na saúde financeira de quem opera planos no Brasil.

O assunto foi amplamente discutido durante o 15º Seminário Femipa, realizado entre os dias 28 e 30 de março, em Curitiba. No painel “Os reflexos do rol de procedimentos para operadoras e prestadores de serviços de saúde”, especialistas e gestores trouxeram diferentes pontos de vista acerca do assunto, pontuando, firmemente, que a sua existência, por si só, já foi incorporada de maneira natural às operações de saúde – e sua relevância é extrema. Agora, no entanto, o debate é mais profundo: a frequência com que o rol é atualizado, e a implantação de novos procedimentos e tratamentos que, muitas vezes, não podem ser custeados de maneira sustentável pela saúde suplementar.

Paulo Roberto Fernandes Faria, presidente da Unimed Paraná, foi um dos palestrantes do 15º Seminário Femipa – (Foto: Reprodução/Unimed Paraná)

O presidente da Unimed Paraná Paulo Roberto Fernandes Faria ressaltou a velocidade com que essas novas incorporações – principalmente no que tange as tecnologias – são absorvidas pelos sistemas no país. A recente relativização do rol taxativo, por sua vez, pode estimular, sob o ponto de vista do dirigente, a judicialização da saúde, comprometendo o trabalho das equipes, inflando os custos da…



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