O mercado médico brasileiro vive um momento de expansão acelerada, refletido nos dados mais recentes da Demografia Médica, divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2024. Com 575.930 médicos ativos, o Brasil se posiciona como um dos países com maior número de profissionais da saúde no mundo, com uma taxa de 2,81 médicos por mil habitantes, superando potências, como Estados Unidos, Japão e China.
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Mesmo assim, olhar apenas para os números não basta para compreender o mercado brasileiro. Uma questão que o aumento de médicos ainda não resolveu é a concentração dos profissionais nos grandes centros urbanos. O que acentua um panorama de desigualdade na distribuição e no acesso ao atendimento. Também há disparidade no interesse e nas vagas para seguir carreira conforme a especialidade médica.
Em meio a tudo isso, o mercado de trabalho médico vem mudando rapidamente. E se adaptando também às transformações no sistema de saúde e educacional, bem como às inovações tecnológicas, como a telemedicina e a inteligência artificial.
O mercado médico no Brasil apresenta um cenário dinâmico, com especialidades muito procuradas e outras que necessitam de mais profissionais. Uma das áreas que está em plena expansão, acompanhando os avanços tecnológicos e científicos globais, é o mercado de Genética Médica e Genômica. Segmento que vem se tornando uma peça-chave para a medicina moderna, com um impacto crescente em áreas como oncologia, doenças raras e farmacogenômica.
“Nos últimos anos, o acesso a tecnologias como o sequenciamento massivo paralelo aumentou o acesso a testes genéticos, tornando mais viável a identificação de doenças genéticas e abrindo portas para a medicina de precisão”, comentam Ida Vanessa Doederlein Schwartz, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica…