Qual o futuro da Educação Médica? – AMB


O diretor Científico da Associação Médica Brasileira (AMB) Dr. José Eduardo Dolci, fez uma apresentação nessa sexta-feira, dia 30, quando abordou os impactos da abertura indiscriminada de escolas médicas. 

Com mais de 640 mil médicos, o Brasil já possui 3,0 profissionais por 1 mil habitantes. Esse índice praticamente dobrou desde 2013 e supera os de países como Japão e Estados Unidos. 

Atualmente, com mais de 450 escolas de medicina em funcionamento, que juntas formam mais de 35 mil profissionais por ano, até 2035, o país terá cerca de 1 milhão de médicos em atividade. 

“A abertura indiscriminada de escolas médicas no país não segue roteiro que respeita a qualificação da formação profissional, carece de fundamentação técnica e do conhecimento sobre a realidade do ensino médico e da assistência”, relatou Dolci. 

Segundo ele, mais do que isso, “passa à população uma ideia equivocada e perigosa de que aumentando de forma absurda o número de egressos dos cursos de medicina traz uma boa e segura assistência médica aos cidadãos brasileiros”, alertou. 

Nesse sentido é fundamental o exame de proficiência de Medicina para segurança do paciente. 

Como já exposto, a proliferação indiscriminada e sem critérios de cursos de Medicina aponta para o agravamento das deficiências na formação médica e o impacto à segurança do paciente. 

Diante desse quadro de precariedade na formação de médicos, o modelo de avaliação de proficiência já adotado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) se mostra necessário à aferição da capacidade técnica e garantir a qualidade dos médicos ativos no país”, explicou o diretor científico. 

Ele complementou que os médicos, em particular, a avaliação ao final do curso é ainda mais relevante, pois erros de diagnóstico, de prescrição ou de conduta podem não só gerar custos…



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