A elevação dos custos assistenciais tem preocupado sobremaneira a cadeia da saúde, a suplementar, em especial. Os últimos eventos na área da saúde, sejam dentro ou fora do Sistema Unimed, têm aprofundado a questão para tentar entender um pouco mais o motivo desses aumentos tão expressivos. A sinistralidade (relação entre despesas e receitas) dos planos de saúde vem batendo recordes de 90%, chegando, em alguns casos, a 100%, colocando em risco o futuro de muitas operadoras e, consequentemente, do acesso à saúde de seus beneficiários.
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Um dos principais índices que mede a chamada inflação médica é o VCMH – Variação de Custos Médicos Hospitalares. É o mais importante indicador utilizado pelo mercado como referência sobre o comportamento de custos no Sistema de Saúde Suplementar. Esse índice é descolado da inflação comum no Brasil e também em outros países, pois, além dos custos dos serviços de saúde (consultas, exames, procedimentos, terapias, etc.), o cálculo leva em conta incorporações de novas tecnologias, internações de alta complexidade, envelhecimento da população, desperdícios, entre outros.
Em 2021 e 2022, os números chegaram a patamares alarmantes, mais elevados até que os anos de 2015 e 2016, quando os percentuais ultrapassaram 20%. O trabalho “Tendências da variação de custos médico- hospitalares: comparativo internacional”, redigido pelo IESS – Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, mostra que “a VCMH do Brasil tem seguido um padrão global de comportamento, similar ao encontrado inclusive nas economias mais desenvolvidas e estáveis.
Por exemplo, a VCMH do Reino Unido é 4,2 vezes superior à inflação geral da economia local, segundo um dos critérios…