Ministério da saúde lança roteiro inédito para profissionais da atenção primária identificarem a demência


Objetivo é evitar diagnóstico tardio e oferecer cuidado em saúde em tempo oportuno

Foto: Marlon Max/MS

Estimativas sugerem que cerca de 80% das pessoas com demência no Brasil não estão diagnosticadas. O problema é multifatorial, e o estigma faz parte dessa estatística. Para ajudar a melhorar o cenário, o Ministério da Saúde lançou na última sexta-feira (20) um fluxograma inédito para profissionais de saúde chamado Identificação da Demência na Atenção Primária. O objetivo é auxiliar no diagnóstico em tempo oportuno ainda no primeiro nível do Sistema Único de Saúde (SUS).

Clique aqui para conferir a publicação “Identificação da Demência na Atenção Primária“

“A atenção primária tem um grande potencial, e aí ressalto também o papel dos agentes comunitários nesse cuidado, na identificação de sinais sutis de alterações comportamentais”, afirmou a coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, Lígia Gualberto, durante o lançamento na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília. No evento, a pasta também lançou o Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (re)conhecimento e projeções futuras, com uma análise de dados sobre o tema feita por um consenso de especialistas e com recomendações.

Na apresentação, ela mostrou que o atendimento a pessoas idosas com demência na atenção primária à saúde (APS) do SUS tem crescido nos últimos anos. Em 2023, foram 331.963, quase 100 mil a mais que em 2022 (com 253.966 registros) – e, neste ano, apenas os meses de janeiro a julho já somam 198.141 atendimentos, segundo dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab).

Entretanto, muitos diagnósticos são tardios, ou seja, ocorrem já em fases mais avançadas da demência. “É necessário desmistificar que a solidão e o isolamento, entre outros comportamentos que indicam sofrimento, seriam algo normal do envelhecimento, porque…



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