As atividades no segundo dia do 2º Congresso de Medicina Geral, da Associação Médica Brasileira (AMB), Priscila Rosalba, coordenadora do Comitê de IRAS da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explicou que nas infecções das vias respiratórias, tanto nas vias aéreas superiores, como narinas, garganta ou ossos da face, como nas inferiores, como pulmões e brônquios, muitos microrganismos podem atuar. Isso vale para a pneumonia adquirida na comunidade, coma infecção por bactérias, vírus e fungos. Os patógenos variam com a idade do paciente e com outros fatores, mas é difícil identificara, uma vez que a maioria dos pacientes não é submetida a exames completos. Por isso, orientou o médico generalista a realizar o raio-X do tórax, por ser um exame rápido e acessível; o ultrassom do pulmão deve ser feito, pois contribui muito para um diagnóstico mais assertivo. Também chamou a atenção para o uso de corticolesteróides. “Eles trazem muitos benefícios aos pacientes que precisam de internação, com redução da mortalidade e de permanência em terapia intensiva”, destacou.
O diretor da SBI, Marcos Cyrillo, deu orientações sobre a utilização de antibióticos. Entre outros pontos, alertou que o uso indiscriminado e inadequado desses medicamentos está tornando as bactérias resistentes. “Quanto maior o uso de antibióticos, maior a resistência. Isso é algo esperado e natural. Quando o uso não é apropriado, o surgimento e o aumento de resistência ficam acelerados.”
Sobre endocardite infecciosa, Tania Strabelli, coordenadora do Núcleo de Infectologia da Rede D’Or, ressaltou que a doença requer abordagens terapêuticas específicas para garantir uma resposta eficaz contra a infecção e prevenir complicações graves. Destacou que o diagnóstico envolve a análise de manifestações clínicas, dados microbiológicos e exames de imagem, como a ecocardiografia – uma importante ferramenta para avaliar…