Na palma da mão, qualquer pessoa com acesso à internet pode coordenar diversos aspectos da sua vida, inclusive, a gestão das próprias disposições emocional, física e mental. Os aplicativos, dispositivos conectados e outras tecnologias estão mudando a forma como os indivíduos se envolvem com a própria saúde. Na ponta do processo, os profissionais da área e especialistas em tecnologia estão mapeando e construindo essa jornada digital, que tem como principal objetivo melhorar a experiência do paciente e dos usuários em geral, usando a digitalização de serviços médicos como recurso.
A pandemia acabou acelerando esse processo pela necessidade de atendimentos remotos, e impactou diretamente o comportamento das pessoas. Segundo um levantamento da empresa especializada em gestão de dados de dispositivos móveis, App Annie Intelligente, no comparativo entre os anos de 2019 e 2021, os downloads de aplicativos de saúde registraram um crescimento de 75% em todo mundo.
O professor, presidente da Associação Brasileira de Startups de Saúde e especialista em tecnologia e inovação na saúde, Cristiano Teodoro Russo, explica que a jornada digital do paciente corresponde a todo caminho percorrido pela pessoa que busca algo relacionado à saúde até um serviço em si. E a efetividade desse atendimento para o usuário ou paciente deve considerar três pilares: ser simples, de fácil compreensão e atendê-lo rapidamente.
“A nascente da jornada é a pesquisa inicial na internet de termos relacionados à saúde que pode ser realizada por qualquer pessoa. Depois, navegamos no oceano maior com o uso efetivo de serviços. Embora estejamos falando do ambiente digital, é preciso ressaltar que tudo passa pelo ser humano e a necessidade de mudar a forma de enxergar a realidade. Não é possível usar a mesma métrica de 20 anos atrás, quando não tínhamos a telemedicina. E isso envolve termos pessoas capacitadas e investimento no…