Em um mundo no qual a eficiência dos recursos é cada vez mais valorizada, o setor da saúde não fica de fora na busca por gastos inteligentes. Com o intuito de orientar os formuladores de políticas e gestores de saúde, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) publicou recentemente o relatório “Gasto Inteligente em Saúde – Como fazer cada real valer a pena”.
O documento apresenta estratégias práticas e ferramentas eficazes, além de se basear em exemplos reais, com o objetivo de promover o gasto inteligente como uma prática comum nas decisões de políticas de saúde, em vez de apenas uma aspiração. Entre elas, a abordagem estratégica e eficiente no uso dos recursos destinados à saúde, buscando alcançar resultados mais significativos e sustentáveis.
De acordo com o documento, muitos países da América Latina e do Caribe (ALC) ainda enfrentam desafios no uso eficiente dos recursos destinados à saúde, com desperdício e falta de transparência, resultando em impactos negativos na qualidade do atendimento.
“Nossos esforços procuram tornar o direito à saúde não apenas uma nobre aspiração, mas uma realidade para todos da região da América Latina e do Caribe. Acreditamos que é necessário cumprir com o gasto inteligente, o qual complementa nossa abordagem mais ampla de promover melhores condições de saúde, reduzir o risco de pobreza associado a problemas de saúde e alcançar a sustentabilidade dos serviços de saúde para toda a população”, afirma Pablo Ibarrán, chefe da Divisão de Proteção Social e Saúde (BID), na introdução do documento.
Visão sistêmica
Diante desse cenário, o relatório propõe uma série de estratégias que podem auxiliar os gestores a direcionar os recursos de forma mais inteligente e eficaz. Uma das principais recomendações é fortalecer os sistemas de informação em saúde, para que as lideranças tenham acesso a dados confiáveis e atualizados,…