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“Prova Nacional de Proficiência Médica: qualidade da formação e responsabilidade pública”. Esse foi o tema central do debate realizado na última quarta-feira (8), de modo online, pela Academia Nacional de Medicina, que contou com a participação do diretor científico da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. José Eduardo Dolci. O presidente da AMB, Dr. César Eduardo Fernandes também acompanhou a discussão.
A sessão plenária foi organizada pelo acadêmico Dr. Marcelo Morales, e conduzida pela presidente da academia, professora Eliete Bouskela.
Dr. Dolci ressaltou o apoio da AMB para a introdução da prova de proficiência médica no país e pontuou sobre os últimos dados estatísticos com base na Demografia Médica no Brasil 2025, para justificar a necessidade do exame em consequência da grande quantidade de egressos da má qualidade da formação dos médicos. “Existe um distanciamento entre o número de egressos e o número de vagas da residência médica, por exemplo, o que agrava ainda mais o problema no segmento. Além da má formação na graduação, não estão tendo o complemento da especialização”, completou o médico.
A professora Eliete sinalizou sobre a situação preocupante do Brasil seguir com abertura de faculdades de medicina sem corpo docente qualificado, sem hospitais universitários e sem uma estrutura mínima necessária para uma formação de qualidade.
A sessão contou ainda com a participação do representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Dr. Diogo Sampaio, conselheiro federal pelo estado do Mato Grosso; do senador Astronauta Marcos Pontes, autor do PL 2294/2024, que propõe a introdução do exame, e do senador Dr. Hiran Gonçalves, relator do projeto.
Assessoria de Comunicação da AMB