A Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) estima que o setor de bioenergia deve crescer entre uma e duas vezes nos próximos 30 anos, a fim de apoiar a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a bioenergia já é a terceira maior fonte energética do país, sendo responsável por 15% a 20% do abastecimento.
Nesse contexto, estão os tipos de biocombustível, como etanol, biodiesel, biometano, além da bioeletricidade, ou seja, energia elétrica produzida a partir de biomassa, como o bagaço da cana-de-açúcar. Essa última matéria-prima, segundo Balanço Energético Nacional, é a primeira fonte de energia renovável, responsável por 15,4% da matriz nacional ou 32% de toda a energia renovável ofertada internamente. Esse percentual posiciona o país acima da média mundial (14,1%) e dos países desenvolvidos da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (11,5%) no uso de energias limpas e renováveis.
A partir da cana-de-açúcar, o setor sucroenergético (anidro e hidratado) produz o etanol, que atualmente é responsável por cerca de 41,7% da energia consumida por veículos leves no Brasil, conforme estima a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2023, o mercado brasileiro de automóveis celebra 20 anos do lançamento dos modelos flex fuel (etanol e gasolina). Ao longo desse período, a adoção do etanol pelos consumidores representou a redução de mais de 630 milhões de toneladas nas emissões de GEE.
“O Brasil tem disponibilidade de área para produção de bioenergia sem abrir concorrência com a agricultura. Além disso, desde a…