O envelhecimento precoce do cérebro é um tema que tem ganhado cada vez mais atenção, especialmente em uma sociedade que valoriza a longevidade e a qualidade de vida. Embora o envelhecimento seja um processo natural, diversos fatores podem acelerar esse processo, levando a um declínio cognitivo antes do esperado. Segundo o médico neurologista Ricardo Krause, “o envelhecimento cerebral é um processo heterogêneo e individual, influenciado por fatores genéticos, estilo de vida e ambientais”.
O desgaste prematuro do cérebro ocorre quando há sintomas de declínio cognitivo, como dificuldade de memória, diminuição da velocidade de processamento e alteração da função executiva, antes do esperado para a idade cronológica de um indivíduo. “Embora a idade avançada seja o principal fator de risco, muitos outros fatores podem acelerar o envelhecimento cerebral”, explica Krause. Isso significa que, além da idade, outros elementos podem influenciar significativamente a saúde cerebral.
Entre os fatores que podem acelerar a condição, estão alguns fatores genéticos, o estilo de vida e fatores ambientais. Segundo um estudo publicado na revista científica Nature Communications, em março deste ano, alguns dos principais fatores são genéticos e modificáveis, ou seja, podem ser revertidos no durante a vida. São eles pressão arterial, colesterol, diabetes, peso, inflamação, sono, depressão e outros.
Hábitos como estresse, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e má-alimentação também são determinantes, assim como a poluição do ar e o estresse crônico. Esses fatores, quando combinados, podem acelerar o processo de envelhecimento de maneira significativa.
Conforme Ricardo Krause, o estresse crônico é um dos principais fatores que podem acelerar o desgaste cerebral. “O estresse crônico pode contribuir para o dano cerebral precoce por meio da liberação de cortisol, elevação de marcadores inflamatórios e disfunção…