Fonoaudiologia e equilíbrio: a conexão que salva vidas na terceira idade

fono idoso
(Foto: Freepik)

Na terceira idade, alguns fatores como enfraquecimento ósseo e muscular,  perda de equilíbrio e algumas alterações neurológicas acabam tornando mais suscetíveis as quedas para os idosos, seja em casas de repouso, em seu domicílio ou até mesmo em áreas urbanas.  O Conselho Regional de Fonoaudiologia – 3ª Região (CREFONO 3), que atua no Paraná e em Santa Catarina, alerta para um problema: a perda auditiva também está diretamente ligada ao aumento de quedas em idosos. De acordo com o relatório da OMS, a proporção de queda entre os idosos tem crescido, subindo de 28%-35% para 32%-42% nos últimos anos, atingindo mais de 40% dos idosos com 80 anos ou mais, segundo dados do site do governo. Essas informações mostram cada vez mais a importância de ressaltar os cuidados e os tratamentos necessários para idosos, e principalmente o seu acompanhamento, visto que muitos dos acidentes acontecem sem a presença de um responsável. 

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Março é considerado o Mês da Audição, data promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para sensibilizar a população sobre a importância da audição e da melhoria dos cuidados auditivos. Também se ressalta a importância da realização de exames rotineiros, que permitem um check-up da saúde da audição e de outras possíveis doenças. Muitos idosos sofrem no seu cotidiano com questões simples como atravessar a rua,  descer escadas, além de dificuldades de locomoção até mesmo dentro de casa, afetando a qualidade de vida e de saúde. A fonoaudiologia já se mostrou grande aliada nesse auxílio em diversas áreas afetadas pela audição. Por meio de seus processos e avaliações, consegue auxiliar pessoas de terceira idade a melhorarem aspectos auditivos, permitindo evolução não somente na sua capacidade de ouvir, mas também maior facilidade para realização de atividades simples do dia a dia.

Muitos problemas auditivos acabam não sendo diagnosticados pela falta de exames e, consequentemente, desencadeiam quedas e acidentes, já que a audição afeta diretamente a percepção espacial e a estabilidade do corpo do idoso. A fonoaudiologia, além de conseguir detectar problemas nesse sentido e providenciar um diagnóstico, é capaz de realizar exercícios e tratamentos que ajudam a reabilitar idosos para realizar suas atividades cotidianas. Segundo o Presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia (CREFONO3), Celso Santos Junior, esse acompanhamento é fundamental. “Os tratamentos fonoaudiológicos desempenham um papel fundamental na promoção do equilíbrio e prevenção de quedas em idosos, pois, ao melhorar a audição, promovem a estabilidade e a integração dos estímulos ambientais. Dessa forma, contribuem significativamente para a segurança, autonomia e qualidade de vida dos idosos, prevenindo riscos associados à perda auditiva e ao comprometimento do equilíbrio, impulsionando uma reabilitação”, explica.

A avaliação auditiva é muito importante para o reconhecimento do que está afetando a qualidade de vida do idoso, já que a detecção precoce de possíveis perdas auditivas pode acelerar o processo de manutenção da audição e a melhora da interação com o ambiente. Treinamentos de escuta, de habilidades auditivas e até mesmo uso de aparelhos auditivos podem ser fatores decisivos para melhora na qualidade de vida.

Portanto, o crescimento nos números de quedas entre os idosos mostra maior risco de acidentes que possam causar graves danos à saúde da população de terceira idade, como fraturas, doenças e até mesmo casos em que haja fatalidade. A audição e o equilíbrio corporal estão totalmente ligados, e a fonoaudiologia desempenha um papel importante na prevenção de quedas, aprimorando a integração sensorial e reabilitando problemas auditivos que comprometem não somente sua parte física, mas também a qualidade de vida do idoso.

*Informações Assessoria de Imprensa