A resposta não será igual para todos que sofrem com insônia. Há, entretanto, alguns hábitos que ajudam muito na conquista de noites de sono
Basta jogar a pergunta numa roda de amigos. São grandes as chances de encontrar alguém com dificuldade para dormir. Para se ter ideia, uma pesquisa realizada pela USP e pela UNIFESP, em 2022, revelou que 65,5% da população brasileira têm algum tipo de problema relacionado ao sono.
Boas noites de descanso são essenciais para uma vida saudável, isso não se discute. “Quando não dormimos bem ficamos mais irritados, diminuímos nossa atenção e efeitos cognitivos. Não temos energia para realizar tarefas que demandam mais do nosso físico, como os exercícios que são essenciais para nossa saúde. A falta de sono também pode causar mais crises de ansiedade, já que algumas estruturas do cérebro ficam mais ativas”, explica o psiquiatra João Gallinaro, especialista em sono.
Algumas pessoas já têm perfis com predisposição à insônia. Os casos mais frequentes envolvem: histórico familiar, traços da personalidade, idade avançada, ruminação de pensamentos, mulheres na menopausa, pessoas que trabalham em turnos fora do horário comercial ou que precisam estar disponíveis para emergências em qualquer horário. E claro: aqueles que estão passando por fases de muito estresse ou ansiedade.
Quando a ajuda médica é necessária?
Quando se fala em saúde do sono, há dois pontos principais a analisar. O primeiro é a quantidade de horas dormidas. A indicação para adultos é de sete a nove horas diárias. E o segundo é a qualidade dessas horas – o que pode ser avaliado por uma polissonografia e pela observação de alguns fatores.