Para falar sobre caminhos mais sustentáveis para a perda de peso, a Revista Ampla convidou a psicóloga especialista em Comportamento e Transtornos Alimentares Priscilla Leitner para um bate-papo. Ela é fundadora do Instituto de Pesquisa do Comportamento Alimentar de Curitiba (IPCAC), e se há algo que os anos de estudos e de prática clínica a ensinaram é que o jeito tradicional de emagrecer, apostando em dieta e atividade física, geralmente, não funciona — e outra abordagem é necessária.
Sono, estresse, abusos, dificuldade em reconhecer fome e saciedade, questões metabólicas — há uma série de fatores que influenciam o peso, e é necessário um olhar atento a eles. Quando o paciente só se mantém focado na alimentação e exercícios físicos, é muito comum que se sinta culpado, o que, em vez de ajudar no processo de emagrecimento, dificulta seu processo de autoconhecimento.
“Existe um desejo real das pessoas de fazer mudanças e estarem mais saudáveis, perderem peso, mas não é por falta de força de vontade.”
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Segundo Priscilla, o tipo de tratamento tradicional para perda de peso, que envolve dieta e atividade física, é um método ultrapassado e que aumenta as chances de um efeito sanfona — uma alternância entre perdas e ganhos de peso que, para algumas pessoas, pode ser uma variação pequena, e para outras, grande, de 25 kg a 30 kg. “Isso traz uma sobrecarga ao nosso sistema cardiovascular e uma série de complicações”, alerta.
Um olhar mais amplo é necessário: fatores como o sono, escolhas do dia a dia,…