Cirurgia de reconstrução da bexiga é realizada no HGU de Toledo


(Foto: Ilustrativa/Freepik)

Um paciente, de 36 anos, foi submetido a uma cirurgia de reconstrução da bexiga, que aconteceu no mês de fevereiro, no Centro Cirúrgico do Hospital Geral Unimed (HGU) de Toledo. O procedimento de alta complexidade durou aproximadamente nove horas e foi realizado com êxito pelos médicos urologistas Eduardo Gomes, também coordenador da Urologia, e José Perandré Neto, além de toda a equipe de enfermagem.

Gomes explica que a cirurgia de reconstrução da bexiga é uma técnica cirúrgica, também conhecida como neobexiga ileal, por ser usado o intestino delgado chamado de íleo. “É uma técnica de longa data e que modificou a evolução dos pacientes que tratavam câncer de bexiga músculo invasivo [câncer que se espalha no músculo espesso na parede da bexiga], justamente por permitir, após uma cirurgia radical de remoção do órgão, a permanência do processo de micção, ou seja, de urinar pelo canal natural”, destaca.

O médico justifica que outra alternativa, além da cirurgia, é uma derivação com estoma, ou seja, o indivíduo passa a ter uma bolsa externa que coleta a urina, mas isso traz um transtorno para a autoestima do paciente. “A neobexiga ileal ortotópica, que é colocada no lugar natural da bexiga anterior, faz com que a pessoa consiga exercer suas atividades normais sem ter uma bolsa coletora pendurada. Isso permite muito mais liberdade e melhora da disponibilidade e agilidade da pessoa”, complementa.

A grande questão, segundo Gomes, é que o procedimento de neobexiga ileal é complexo, que envolve uma cirurgia de grande porte, e não são todos os pacientes elegíveis para esse processo. “Nesse caso, era um paciente jovem de 36 anos, com aptidão e resistência física, requisitos que permitiram a aplicação da técnica. Antigamente, como não se utilizava a neobexiga, os pacientes não queriam ficar com bolsa e, às vezes, atrasavam o tratamento do câncer, muitas vezes até aumentando a…



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