O debate entre Omar Abujamra Junior, presidente da Unimed do Brasil, José Cechin, superintendente Executivo do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), e Vera Valente, diretora-executiva da Fenasaúde, mediado por Paulo Roberto Fernandes Faria, presidente da Unimed Paraná, encerrou a programação técnica do Suespar, na palestra magna Saúde Suplementar: cenário futuro.
Cechin iniciou o debate com um apanhado da história recente da saúde suplementar. Ele lembrou que a área passou por grandes transformações, incluindo a redução do número de operadoras em atuação, com fusões e aquisições, e a formação de grandes redes de medicina diagnóstica e hospitais se destacando nos últimos anos. Para além disso, a verticalização de operadoras e o surgimento de healthtechs marcaram o cenário, seguindo um ritmo acelerado de inovações.
Leia também: Prêmio Performance de Gestão reconhece desempenho das Singulares no 29º Suespar
Vera Valente também apresentou a grandiosidade do setor, destacando que os planos de saúde são responsáveis pelo atendimento de 50,6 milhões de brasileiros, o equivalente à população de um país como a Espanha. “Um em cada quatro brasileiros é coberto pela saúde suplementar. O setor responde pela geração de 4,7 milhões de empregos. Existem atualmente 679 operadoras médicas no país. Mais da metade são empresas de pequeno porte. Em 2022, os planos de saúde proporcionaram a realização de 1,8 bilhão de procedimentos de saúde, entre consultas, exames, internações, terapias e cirurgias, para seus beneficiários.”
Entretanto, apesar de todos esses números e das inovações pelas quais o setor tem passado, sua sustentabilidade se vê em risco. Isso porque o alto faturamento, decorrente desses números, não é sinônimo de lucratividade. Fatores como o aumento de usuários com ticket mais baixo preocupam especialistas, evidenciando o risco de…