A manhã do segundo dia do 2º Congresso de Medicina Geral 2024 da Associação Médica Brasileira (AMB) contou com uma importante discussão em torno do avanço do câncer de mama durante a realização da mesa redonda de Mastologia, que foi coordenada pelo Dr. Eduardo Pessoa, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) – Regional São Paulo, e pelo Dr. Aljerry Dias do Rego, presidente da Academia de Medicina do Amapá e diretor cientifico da AMB-AP.
Em sua apresentação, o Dr. Marcelo Madeira, diretor da SBM, alertou sobre o aumento no número de casos de câncer de mama no mundo inteiro nos últimos anos. “Neoplasias malignas da mama vêm aumentando. Há uma previsão de mais de 73.600 de novos casos da doença só no Brasil. Os Estados Unidos aparecem como o país com maior incidência de câncer de mama no planeta”. O especialista também evidenciou fatores de risco para o surgimento da enfermidade como abuso do álcool, gestação tardia, idade, raça e fatores familiares.
O coordenador da graduação e do ambulatório de Doença Benignas e Alto Risco da Disciplina de Mastologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dr. Joaquim Araújo Neto, falou em sua palestra sobre os temas Dor Mamária e Processos Infecciosos e Doenças Benignas da Mama, levantando questões como a angústia e o medo das mulheres em relação ao câncer de mama, classificação de dor mamária, mitos e tuberculose mamária, que, de acordo com o especialista, tem maior incidência em mulheres negras.
O médico ainda apresentou dados estatísticos, demonstrando que 40 a 60% das mulheres tem dor mamária em algum momento da vida, e que esse tipo de dor representa 80% das queixas em consultório. Uma pesquisa sobre ocorrência de câncer de mama quando há solicitação de exames de imagens de dor mamária também foi explanada pelo Dr. Joaquim. “Ultrassonografia, por exemplo, não deve ser exame de rotina, é procedimento…