Dizer não ao assédio moral significa não o praticar, não o aceitar e não ser conivente
“Prevenção ao Assédio Moral no ambiente de Trabalho”, foi a palestra ministrada nessa terça-feira, 26 de abril, pela advogada e professora da FAE – Business School, Cintia de Almeida Lanzoni, a líderes da Unimed Paraná. O encontro foi promovido pelas áreas de Compliance e Gestão de Pessoas, respectivamente, coordenados pelo advogado Glauco Rodrigues e pela psicóloga organizacional Josiany de Fátima Rolo, que fizeram a abertura.
O objetivo da ação, dentro do PDL- Programa de Desenvolvimento de Lideranças e do Programa de Compliance e Integridade da Unimed Paraná, é reforçar a orientação e o aculturamento interno em relação ao tema, na busca pelo fortalecimento da cultura ética e de integridade corporativa no âmbito da Federação.
Em primeiro lugar, Cintia reforçou a definição de assédio moral no trabalho, reconhecida na legislação: “toda e qualquer conduta que caracteriza comportamento abusivo, frequente e intencional, através de atitudes, gestos, palavras ou escritos que possam ferir a integridade física ou psíquica de uma pessoa, vindo a pôr em risco o seu emprego ou degradando o seu ambiente de trabalho”. Ou seja, gritos e xingamentos, acusações, boatos fofocas, apelidos, piadas, cobranças desmedidas, tratamento hostil, discriminação pela origem (escola, bairro, emprego anterior).
Segundo a advogada, só em 2018, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) acusou 56 mil ações sobre assédio moral. Esse é um número bem significativo. As ações vêm crescendo (no período pandemia não há ainda números consolidados), principalmente, porque as pessoas estão mais conscientes do que é o assédio e menos tolerantes a ele.
Cintia esclareceu ainda que, tecnicamente, o assédio moral não se confunde com bullying (palavra de origem inglesa) que também evoca atos de agressão e intimidação…