Nesta série de reportagens, a Revista Ampla on-line aborda o universo dos sonhos da perspectiva científica. Conheça sonhos que influenciaram a realidade
A capacidade dos sonhos de reorganizar as informações adquiridas durante a vigília contribuiu para diversas áreas do conhecimento – desde a ciência até a arte. Conheça agora algumas dessas histórias e entenda como elas foram possíveis.
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Era 17 de fevereiro de 1869 quando o russo Dmitri Mendeleiev teve um sonho que mudaria para sempre a história da química. Naquela época, os cientistas conheciam 63 elementos químicos, mas não sabiam a relação entre eles. Disposto a mudar isso, Mendeleiev – que gostava de jogar paciência – recorreu a uma estratégia parecida com o jogo para fazer sua descoberta: em cartas em branco, escreveu o nome dos 63 elementos e seu peso atômico. Um elemento por carta. Depois, ficou horas tentando organizá-las de acordo com um padrão, mas não teve sucesso. Até que, exausto, ele dormiu sobre as anotações e começou a sonhar. Durante o sonho, uma imagem tomou forma.
“Vi num sonho uma tabela em que todos os elementos se encaixavam como requerido. Ao despertar, escrevi-a imediatamente em uma folha de papel”, declarou Mendeleiev.
O resultado do sonho foi a organização da tabela periódica, com os elementos em ordem crescente de peso atômico reunidos em três famílias: metais alcalinos, alcalinos terrosos e alogênios. Na tabela, Mendeleiev também deixou lacunas, espaços em branco para elementos que deviam ser procurados. Anos mais tarde, esses elementos foram descobertos e se encaixaram perfeitamente. São eles Gálio e Germânio.
“A tabela periódica ainda pode ser usada…