Em debate recente sobre “Cooperativismo e Pandemia”, pudemos discutir e demonstrar a contribuição expressiva deste setor no enfrentamento de um dos piores momentos da humanidade – a pandemia Covid 19.
O Cooperativismo é a doutrina que preconiza a colaboração e a associação de pessoas ou grupos com os mesmos interesses, a fim de obter vantagens comuns em suas atividades econômicas. Mais que um modelo de negócios, o cooperativismo é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, equilibrado e com melhores oportunidades para todos. Um caminho que mostra que é possível unir desenvolvimento econômico e o social, produtividade e sustentabilidade, o individual e o coletivo.
Dentre os princípios cooperativistas um dos mais importantes é o interesse pela comunidade e geração de valor que fortaleça o bem comum. Portanto, de nada adianta a Cooperativa estar bem econômica e financeiramente se a sociedade está passando por dificuldades. Nesse sentido entra em ação da cooperativa junto a comunidade dentro da sua expertise e capacidade.
Desde março quando iniciou a pandemia no Brasil, o cooperativismo se mobilizou e se organizou nos diversos ramos em que atua no País, agronegócios, saúde, crédito, transportes para fazer frente a complexidade da doença e os diversos impactos que causaria na sociedade.
O setor agropecuário, por exemplo, no qual o Cooperativismo tem participação significativa, será o grande responsável pela manutenção do performance da economia já que num ano em que o PIB nacional deverá apresentar um desempenho muito ruim (-9% segundo alguns analistas , -5% segundo outros) será responsável por um crescimento de 5%. E o cooperativismo no Paraná, por exemplo, responde por mais de 50% da atividade no agronegócio.
No crédito, as cooperativas demonstraram sua agilidade e capilaridade ajudando o governo federal no repasse a empresas e cooperados pessoa física com dificuldades; no transporte, a disponibilização de equipamentos médicos, alimentos, bens de primeira necessidade foi vital para manter a cadeia de suprimentos a população
E na saúde , as cooperativas médicas – as Unimed, por exemplo -, se integraram ao setor público no atendimento das necessidades mais prementes da doença inclusive com a construção de hospitais de campanha, doação de EPIs, auxílio na estruturação de leitos de UTI, auxílio aos médicos cooperados, renegociação com beneficiários e prestadores etc..
Este movimento demonstra a importância do cooperativismo e a capacidade na articulação de respostas frente aos diversos desafios que a sociedade vêm enfrentando.
O Cooperativismo fez a diferença!
Confira outras colunas de Omar Genha Taha clicando aqui.
Conheça também outros colunistas do portal Saúde Debate. Acesse aqui.