Os dois problemas de comunicação que todo mundo tem (mas acha que não tem)

Você sabia que todas as dificuldades com a comunicação podem ser resumidas em dois problemas principais presentes na maioria das conversas?

Desde os primórdios da vida em sociedade, a comunicação tem sido essencial para o desenvolvimento do ser humano. A palavra “conviver” vem do latim convivo, -ere, “viver com”, “viver juntamente”. Isso significa que saber se expressar com clareza e respeito deve ser a base para a boa convivência. Porém, o convívio diário com diferentes pessoas, com posicionamentos e atitudes diversas faz da comunicação um enorme desafio em todas as áreas de nossas vidas. A maneira como interpretamos o mundo define os nossos comportamentos, as nossas ações, e os nossos hábitos. A comunicação é moldada por estes 3 elementos. As palavras que usamos traduzem nossos pensamentos e sentimentos e, o nosso jeito de falar traduz a nossa maneira de ser.

Isso justifica porque a comunicação impacta diretamente em tudo que fazemos e, porque ao longo da vida, os problemas relacionados a ela podem ser davastadores tanto para o crescimento profissional quanto para a convivência com pessoas estimadas.

Embora a maioria reconheça o valor da comunicação, poucos priorizam resolver os problemas relacionados a ela, desprezando os impactos que isso provoca em suas vidas.

Por mais óbvio e simples que pareça, não saber ouvir e não saber falar resumem a essência das dificuldades que se manifestam desde as conversas corriqueiras a situações profissionais mais complexas.

E não há como negar: todo mundo em algum momento vai falhar em ouvir com interesse e atenção ou deixar de expor as ideias com clareza.

Sim, estes são os dois principais problemas com a comunicação:



·      Não saber ouvir;

·      Não saber falar.

 

Existe um princípio básico que possibilita ouvir com atenção e falar muito bem: é a capacidade de se concentrar apenas no momento presente, sem deixar que o que aconteceu antes da conversa, ou o que vai acontecer depois dela, interfiram no grau de interesse pelo assunto tratado.

Não há maneira mais produtiva de começar a mudar essa situação do que adotar algumas medidas no dia a dia. 

Para auxiliar você nesse processo, listei alguns pontos que são dignos de constante atenção.

 

Para se tornar excelente ouvinte e manter a atenção durante uma conversa:

 

  • Domine os seus pensamentos e concentre-se na conversa.
  • Deixe o celular de lado.
  • Olhe nos olhos de quem está falando.
  • Interrompa o que estiver fazendo e preste atenção no que está sendo dito.
  • Se você estiver ocupado(a), e não puder se desconcentrar, pergunte: podemos falar daqui a pouco? Quero te ouvir, mas agora não vou conseguir dar 100% da minha atenção.

 

Não há comunicação sem a escuta interessada. Ela pode ser conquistada com mudança de atitude durante as conversas. 

 

Para eliminar ruídos na hora de falar, atente-se ao seu posicionamento quanto a:

  • Falar por impulso e errar na forma de expor suas ideias.
  • Dar muitas voltas para contar alguma coisa e tornar a conversa chata.
  • Reagir agressivamente todas as vezes que alguém expõe uma ideia contrária a sua.
  • Deixar de falar por não se considerar bom o suficiente e sentir medo do julgamento alheio.

 

O mais difícil na hora de falar é reconhecer o jeito habitual de se posicionar nos diferentes contextos, mas com atenção redobrada você vai perceber como é possível expressar com naturalidade o que você pensa e sente.

 

A sua busca constante por se desenvolver e aprimorar as suas atitudes levarão embora essas duas principais dificuldades com a comunicação que a maioria das pessoas vai continuar achando que não tem, e sofrendo as consequências disso.

* Cida Stier há mais de 30 anos estuda, pesquisa e trabalha com Voz Profissional e Comunicação em Público e no Vídeo. Fonoaudióloga, formada pela PUC-PR, mestre em Distúrbios da Comunicação pela UTP-PR, doutora em Administração em Neuromarketing, FCU-FL, especialista em voz pelo CEV-SP, pós-graduada em Distúrbios da Comunicação, em Educação Especial na PUC-PR, com MBA em Comunicação e Marketing Unicuritiba-PR. E também é colunista do portal Saúde Debate.

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