A pandemia do Coronavírus e o isolamento social ocasionam uma série de mudanças rápidas quebrando paradigmas: o crescimento exponencial da utilização de recursos digitais e tecnológicos é um dos mais evidentes.
Mas está claro que muitas das mudanças vieram para ficar – reuniões presenciais serão reduzidas significativamente, viagens nacionais e internacionais estarão limitadas por algum tempo e serão repensadas, o uso das estruturas de saúde e medicina deverão obedecer outros critérios com forte implementação de recursos de AI (artificial inteligence), internet das coisas, Big Data, dentre outras características típicas da revolução industrial 4.0
O contato humano ficará restrito por muito tempo e nunca será como antes. O setor educacional finalmente vive o seu grande momento: o uso de plataformas de ensino on-line, conteúdos práticos baseados em necessidades on-demand e novas oportunidades para os profissionais desse segmento.
Cresce também o ensino para adultos com novas e sustentáveis abordagens adragógicas para fazer frente a uma reestruturação da mão de obra que deverá ter milhares de posições que já estão sendo tomadas pelos robôs e máquinas inteligentes.
Desta forma, o mercado de trabalho deverá passar por uma remodelagem substancial e os “não nativos digitais” estarão buscando reposicionamento de mercado ombro a ombro com os jovens.
O comércio definitivamente migra para o universo on-line e tecnologias disruptivas estarão literalmente nas mãos das pessoas para atender necessidades em alimentação, saúde , vestuário, comunicação pessoal, lazer, etc.
Deveremos observar um crescimento de técnicas de adaptação mental, como o “mindfulness”, práticas de yoga e outros movimentos que possibilitem o equilíbrio e a auto-observação pessoal.
Como se adaptar a essa nova realidade?
Primeiro, e óbvio, torcer para que a pandemia acabe logo ou sejam descobertos medicamentos que controlem a situação; segundo, conviver com este cenário cheio de restrições de uma forma pró-ativa e descobrindo novas formas de relacionamento profissional e pessoal.
Serão muito importantes neste momento a flexibilidade cognitiva, a inteligência tecnológica e emocional, além da capacidade de adaptação a esta nova realidade.
*Omar Taha é médico radiologista, especialista em gestão e presidente da Unimed Londrina
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