
Painel moderado por Mário Jorge, presidente da UNIDAS, debateu regulação, judicialização, desafios tributários e experiências internacionais para fortalecer o cuidado domiciliar no Brasil
Durante o Congresso de Atenção Domiciliar e Cuidados de Transição (CAD), realizado na última sexta-feira (23) na Hospitalar 2025, em São Paulo, o presidente da UNIDAS – Autogestão em Saúde, Mário Jorge, moderou um dos principais painéis do encontro, promovido pelo Enconsad. A mesa reuniu especialistas para discutir os entraves regulatórios e jurídicos que envolvem a atenção domiciliar e os hospitais de transição, além de refletir sobre caminhos possíveis para um modelo de assistência mais sustentável, contínuo e centrado no valor.
O debate contou com a participação de Kelvin Kaiser, CEO do Grupo Cene; Teresa Gutierrez, sócia do Machado Nunes Advogados; Carlos Costa, executivo da Suntor Clínica de Transição, e Breno Monteiro, presidente da CNSaúde. As discussões foram organizadas em torno de quatro eixos: a regulamentação dos hospitais de transição; os dilemas jurídicos e o combate às fraudes; os desafios do setor de home care; e os impactos do projeto de reforma tributária sobre a qualidade e o acesso ao cuidado domiciliar.
Mário Jorge destacou a urgência de superar o modelo fragmentado e excessivamente centrado na produção de serviços. “Precisamos de uma transição mais rápida dos modelos de atenção, que dê conta não apenas das mudanças demográficas, mas também de seus efeitos sobre o paciente. O foco deve estar no cuidado contínuo, humanizado e escalável”, alertou.
Outro ponto destacado foi o compromisso com o coletivo e com o pacto intergeracional, já que os recursos são limitados e as escolhas feitas agora definirão o tipo de assistência do futuro.
Os participantes defenderam também um modelo baseado em valor, no qual o financiamento se…