A campanha nacional de vacinação contra o sarampo começou nesta segunda-feira (10 de fevereiro) e segue até o dia 13 de março. A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado.
No próximo sábado (15 de fevereiro) acontece o chamado dia D de mobilização nacional. Neste dia, parte das unidades de saúde vai ficar aberta para atendimento do público prioritário da campanha. Também estão previstas ações de vacinação em locais diferenciados. O Paraná recebeu mais de 1,245 milhão de doses da vacina e, se for necessário, já existem doses adicionais previstas pelo Ministério da Saúde.
Diferente da campanha nacional, que preconiza que nesta primeira etapa seja vacinado o público de cinco a 49 anos, o Paraná vai vacinar todas as pessoas de cinco até 59 anos. O público-alvo do estado são as pessoas de 20 a 29 anos, que representam hoje 52% dos casos confirmados com a doença. A estimativa é vacinar cerca de 600 mil pessoas nessa faixa etária.
Para as faixas etárias de cinco até 19 anos e as de 30 até 59 anos a vacinação é seletiva. “Esse grupo deve comparecer à Unidade Básica de Saúde levando o comprovante vacinal. Só vai receber a vacina a pessoa que não tem o registro vacinal ou está com o esquema vacinal incompleto”, orientou a chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização da Sesa, Vera Rita da Maia.
Já para o público de 20 a 29 anos, a vacinação é indiscriminada, ou seja, todas as pessoas nessa faixa etária devem procurar as unidades no período da campanha.
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Cenário do sarampo no Paraná
O último boletim epidemiológico do sarampo divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na última quinta-feira (6), confirma 23 novos casos da doença no Paraná. O número subiu de 808 na semana passada para 831 e permanecem em investigação 1.653.
Cerca de 60% das confirmações foram registradas na capital paranaense. O público mais atingido pela doença são os jovens de 20 a 29 anos, com 435 casos confirmados, seguido das pessoas entre dez e 19 anos, com 216.
Curitiba
O município registra 496 casos confirmados de sarampo desde agosto de 2019 – 80% deles na faixa etária de 15 a 29 anos. A internação hospitalar foi necessária em 26 casos. Todos já tiveram alta.
Em Curitiba, a cobertura da vacina em crianças de 1 ano de idade alcançou 96,7% em 2019. Nos dez anos anteriores, essa cobertura ficou entre 93% e 100,4%.
De 1º de janeiro até esta segunda-feira (10/2), foram aplicadas em Curitiba 17.879 doses de vacina contra o sarampo – no mesmo período do ano passado foram 13.744.
Outras recomendações para a vacina contra o sarampo
A vacina contra o sarampo é gratuita e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A Sesa orienta para que a população fique atenta às datas da carteira de vacinação e aos registros de doses.
A dose zero deve ser aplicada em crianças entre seis e onze meses. A primeira dose deve ser aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), e a segunda dose aos 15 meses de vida com a vacina tetra viral (que previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora). A população com até 29 anos deve receber duas doses da vacina. E para as pessoas que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos basta ter o registro de uma dose.
Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas. E aquelas que desejam engravidar, devem aguardar no mínimo 30 dias após receber a dose da vacina. Todos os profissionais da área da saúde devem ser vacinados com as duas doses da tríplice viral em qualquer faixa etária.
Não tem indicação para tomar a vacina pessoas com a imunidade baixa, mulheres grávidas e menores de seis meses de idade e pacientes que tomam medicações imunossupressoras.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida por vírus e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite, pneumonia, entre outras. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaleia, indisposição e diarreia também podem ocorrer. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento com o aparecimento dos sintomas. Os doentes ficam em isolamento domiciliar ou hospitalar por um período de sete dias a partir do aparecimento das manchas vermelhas no corpo.