
Em uma caminhada pela Times Square, o coração de Nova York, encontram-se telas gigantes de LED por todos os lados e cada uma compete por atenção. A sobrecarga de informações visuais é ao mesmo tempo fascinante e avassaladora. O indivíduo vive uma versão pessoal da Times Square, repleta de notificações nos celulares, janelas abertas no computador e notícias na TV.
Esse excesso pode levar à fadiga digital, provocando uma série de enfermidades, como sedentarismo, dificuldades para dormir, distúrbios de visão, dores de cabeça, má postura, dificuldades de concentração e até mesmo ansiedade e depressão. Uma tese defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Molecular, da Faculdade de Medicina da UFMG, constatou que o uso excessivo de telas está relacionado à piora da saúde mental dos usuários de todas as idades.

O aumento do quadro de depressão entre crianças chega a 72%, associado ao abuso de telas. Os resultados da pesquisa mostraram, inclusive, o medo de ficar longe do celular em idosos. “Na vida adulta, o excesso de tela por um tempo prolongado pode ocasionar nomofobia, o termo tem origem na expressão inglesa no mobile phone phobia. Trata-se de uma condição mental causada pelo desconforto decorrente da impossibilidade de comunicação por meios virtuais”, explica a psicóloga clínica e neuropsicóloga de Maceió (AL), Fernanda Barreto. “Todo vício é perigoso e traz risco à saúde mental e cognitiva. É preciso ter cuidado e procurar ajuda profissional”, complementa.
O acesso começa cedo
Gerenciar o tempo de tela é essencial em todas as faixas etárias, no entanto, é ainda mais urgente quando se trata de crianças. A Sociedade Brasileira de Pediatria…