
O grande desafio para os pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como colite ulcerativa e Doença de Crohn, está na longa jornada para o diagnóstico. Com sintomas inespecíficos, frequentemente confundidos com intoxicação alimentar, pelo menos 41% levam mais de 12 meses para receber um diagnóstico preciso. Destes, cerca de 20% levam mais de três anos, segundo estudo realizado pela ABCD (Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn).
Sem um diagnóstico preciso, o paciente não recebe o tratamento adequado e continua a sofrer com os sintomas. De acordo com um levantamento da ABCD, 12% dos pacientes demoram mais de três anos desde o início dos sintomas até consultar um especialista, como gastroenterologistas ou proctologistas. Além disso, 43% recorrem ao pronto-socorro várias vezes, durante crises da doença, antes de obterem um diagnóstico correto.
A demora no diagnóstico impacta diversos aspectos da vida dos pacientes, como ausências no trabalho, redução da vida social e prejuízos emocionais, segundo a GAMEDII (Associação Multidisciplinar de Apoio à Saúde Intestinal). Mesmo após o início do tratamento e remissão da doença, a grande maioria dos pacientes (83%) alega que suas vidas são impactadas.
A falta de compreensão e conhecimento sobre as doenças inflamatórias intestinais é um dos principais desafios, segundo levantamento da ABCD. Muitos pacientes são vistos como ‘funcionários problema’ no ambiente de trabalho devido a afastamentos ou até mesmo acusados de exagerar dores e a falta de controle fecal para chamar atenção. Já entre os compromissos sociais, 78% dos pacientes precisaram cancelar um compromisso devido às crises.
As DIIs têm como principais sintomas diarreia crônica, sangue nas fezes, urgência em ir ao banheiro, cólicas intestinais, falta de apetite, cansaço e emagrecimento.
Mesmo em períodos de remissão, as DIIs podem afetar a qualidade de vida dos pacientes. O impacto obviamente é muito maior quando a condição está em atividade, lembrando que ela pode ser agravada por estresse e tabagismo, entre outros fatores. “Assim, a associação de suporte psicológico com o tratamento adequado se faz essencial para que esses pacientes possam ter uma melhor qualidade de vida”, afirma Sérgio Teixeira, diretor médico da Ferring.
*Informações Assessoria de Imprensa