Uso de SBRT em CPNPC metastático com oligoprogressão


Definir o papel ideal da SBRT no tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPCNP) metastático é desafiador. Existem dois cenários complexos neste contexto: pacientes oligometastáticos ao diagnóstico inicial e aqueles com poucas metástases após a terapia sistêmica (oligoprogressão). Diversos estudos fase 2 e 3 demonstraram melhor sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) com o uso de radioterapia (RT) no tratamento de pacientes com CPCNP oligometastático ao diagnóstico.

Em relação ao uso de SBRT no momento da oligoprogressão, existe o racional favorável de que, devido à heterogeneidade entre os sítios metastáticos, a terapia sistêmica pode ser eficaz para a maioria dos tumores, mas certos sítios desenvolverão mecanismos de resistência. Além disso, a identificação da oligoprogressão é, em teoria, mais simples do que a identificação da doença oligometastática, permitindo melhor seleção de pacientes. A incorporação da SBRT em sítios em oligoprogressão permitiria que os pacientes permanecessem em terapias sistêmicas, prolongando sua duração e atrasando o uso de terapias mais tóxicas e menos eficazes.

Dois ensaios clínicos randomizados avaliaram o uso de terapia ablativa local para pacientes com CPCNP no contexto da oligoprogressão:

O estudo CURB (fase 2) avaliou tratamento sistêmico padrão (TSP) com ou sem SBRT em 107 pacientes com câncer de mama e CPCNP metastáticos com oligoprogressão da doença. Todos os pacientes haviam recebido pelo menos uma linha prévia de terapia sistêmica. A oligoprogressão foi definida como progressão em até cinco locais metastáticos extracranianos individuais, todos tratáveis com SBRT. A dose e o fracionamento da SBRT ficaram a critério do médico responsável.

O estudo foi baseado na SLP esperada para pacientes com câncer de mama (40% em 6 meses) e CPCNP (20% em 6 meses), prevendo uma melhora de 30% para 45%. Do total…



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