
No Forecasting Healthy Futures Global Summit (FHF Summit), evento global sobre saúde e clima que aconteceu no início de abril, no Rio de Janeiro, Agnes Soares da Silva, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, destacou o papel crucial que o setor da saúde desempenha na mitigação dos impactos das mudanças climáticas e na liderança das transformações necessárias para garantir um futuro mais resiliente e equitativo para todos.
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Durante sua apresentação, a médica que está à frente dos preparativos para a COP30 enfatizou a importância da ação coletiva e do compromisso com a implementação de políticas e estratégias baseadas em evidências. De acordo com Agnes, embora as negociações sejam essenciais, o verdadeiro desafio está em como avançar na implementação de soluções práticas. “Não se trata apenas de negociações, mas de encontrar maneiras concretas de agir e construir uma agenda que todos possam apoiar e levar adiante. Precisamos de um plano inclusivo, para que as necessidades dos mais afetados se tornem visíveis e priorizadas”, disse.
Ao apresentar o plano de ação do Ministério da Saúde para a COP30, que está em desenvolvimento, ela destacou que o trabalho é baseado em iniciativas passadas, incluindo as conferências da COP20 e as resoluções da Organização Mundial da Saúde (OMS). A proposta também está alinhada com o Programa de Trabalho de Berlim, que visa promover a meta global de adaptação ao clima. “O setor da saúde tem um papel essencial não só na resposta aos impactos climáticos, mas também na liderança da transformação em direção ao cuidado, à reparação e à resiliência”, afirmou Agnes Soares da Silva.
A Diretora do Ministério da Saúde também mencionou a importância de fortalecer a colaboração internacional e destacou a necessidade da participação social, um “mutirão global” para resolver problemas coletivos e complexos, em busca de melhorar a resiliência dos sistemas de saúde, garantir a continuidade dos serviços e reduzir a morbilidade e a mortalidade causadas pelas mudanças climáticas, com ênfase nas populações mais vulneráveis.
O Brasil, com o apoio da OMS, propôs recentemente uma resolução que garante a participação do setor de saúde em todo o processo de tomada de decisões climáticas. Agnes Soares da Silva reforçou a importância dessa resolução e da consulta inicial, que foi realizada em março. Agora, o próximo momento decisivo será durante a Assembleia Mundial da Saúde da OMS, que ocorrerá entre os dias 19 e 31 de maio.
*Informações Assessoria de Imprensa