Viver mais e melhor é um desejo de muitas pessoas e realidade para uma porção delas em algumas áreas pelo mundo. As chamadas blue zones ou zonas azuis são conhecidas por abrigar pessoas centenárias com um estilo de vida invejável e qualidade no dia a dia. Isso quer dizer que há inúmeras pessoas por aí vivendo mais – passando dos 100 anos – e melhor.
A palestra magna, que fechou a programação técnica do 30º Suespar, debateu “A longevidade como um estilo de vida: o que as Blue Zones podem ensinar”, com dois especialistas no assunto: o médico gerontólogo e pioneiro no estudo de envelhecimento, Alexandre Kalache, do Centro Internacional de Longevidade Brasil, e a jornalista Lilian Liang, da Dínamo Editora, que se dedica há 12 anos nos estudos e na produção de material sobre o envelhecimento nas zonas azuis. A mediação foi realizada pelo diretor de Saúde da Unimed Paraná, Faustino Garcia Alferez.
As áreas mais longevas do mundo são estudadas há algum tempo e já foram o foco de um documentário na Netflix. Com o avanço da tecnologia e da ciência, do estímulo à qualidade de vida, a expectativa do próprio brasileiro aumentou ao longo de décadas. Em um estudo divulgado no mês de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, a expectativa de vida no país era de 76,4 anos. Em 1940, essa expectativa era de 45,5 anos. Apesar disso, o dado demonstra que ainda estamos longe das blue zones, que apresentam expectativa centenária.
Algumas cidades são conhecidas pelo mundo por manter esse histórico, como Sardenha, na Itália, Loma Linda, nos Estados Unidos, Icária, na Grécia, Okinawa, no Japão, e Nicoya, na Costa Rica. “Por que essas pessoas vivem tanto?”, questionou Lilian ao afirmar que, dentro do estudo, foram percebidas semelhanças dentre os hábitos praticados nas comunidades das blue zones.
O primeiro ponto destacado pela jornalista foi a alimentação…