Durante o mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental e à prevenção do suicídio, é importante refletir sobre as alternativas de tratamento disponíveis para aqueles que enfrentam desafios emocionais. Segundo um estudo publicado, este mês, pela revista Jama (Journal of the American Medical Association), as leis sobre cannabis nos Estados Unidos foram associadas a uma redução de 12,4% na taxa da prescrição de benzodiazepínicos, remédios voltados ao tratamento de transtornos mentais, a partir das suas ações tranquilizantes e sedativas que afetam o sistema nervoso central. Esses medicamentos são usados para tratar diferentes patologias, como ansiedade, insônia e depressão.
O Brasil tem a quarta pior taxa de saúde mental do mundo, de acordo com a pesquisa feita pela plataforma Neurotech Sapien Labs. A alta venda de medicamentos para as patologias como ansiedade e depressão corroboram com os dados da pesquisa. Prova disso, é o levantamento realizado pelo Conselho Federal de Farmácia com dados da consultoria IQVIA, a venda de antidepressivos e estabilizadores de humor aumentou 11% em 2023, em comparação com 2022. No entanto, à medida que novas alternativas de tratamento surgem, a cannabis medicinal tem se destacado como uma opção promissora.
“Diferente dos benzodiazepínicos, que podem causar efeitos colaterais como dependência e sedação excessiva, a cannabis medicinal oferece uma abordagem mais equilibrada, com potencial para aliviar sintomas de ansiedade e depressão com um perfil de efeitos adversos geralmente mais leves. O estudo corrobora que a aprovação de leis, como nos EUA, a favor do uso do Cannabis Medicinal, pode trazer um benefício enorme para população que poderá optar por um tratamento com menos efeitos colaterais e com excelentes resultados”, afirma João Paulo Cristofolo Jr, Co-fundador do Grupo Conaes Brasil, grupo especializado em qualificação médica.
Como funciona o Canabidiol
“O canabidiol (CBD), um dos principais componentes da cannabis, interage com o Sistema Endocanabinoide do corpo, que desempenha um papel na regulação do humor, do sono e da resposta ao estresse. Estudos clínicos e pré-clínicos sugerem que o CBD pode ajudar a reduzir a ansiedade em condições como no transtorno de ansiedade generalizada. Um dos mecanismos propostos envolve a modulação dos níveis de serotonina, um neurotransmissor que tem um papel central na regulação do humor. Ao contrário de muitos ansiolíticos convencionais, o CBD não parece causar dependência ou efeitos colaterais significativos, tornando-o uma opção atraente para pacientes”, pontua o médico.
*Informações Assessoria de Imprensa
