A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos problemas mais comuns no joelho. O rompimento tem relação direta com entorses, principalmente associados ao futebol e esportes que tenham giro de joelho como um dos movimentos mais frequentes, como handebol, tênis, basquete, futebol americano e lutas marciais.
O médico Lúcio Ernlund, ortopedista especialista em cirurgia de joelho e ombro, do Hospital VITA, explica que esse tipo de lesão tem se tornado cada vez mais comum entre os atletas – profissionais e amadores – devido aumento no número de pessoas que praticam esportes, impulsionados pelos benefícios oferecidos pela prática de atividades físicas, na busca por saúde e bem-estar.
O especialista relata que o ligamento cruzado anterior do joelho é o mais importante ligamento, é responsável por garantir a estabilidade da articulação do joelho e quando rompido ocasiona várias consequências para a estabilização da articulação do joelho, levando os pacientes a sentir falseios, inchaços e dores fortes.
De acordo com o médico, a lesão do LCA ocorre com um estalo forte do joelho, dor intensa e inchaço que transcorre em minutos. Normalmente há dificuldade de andar sem mancar, apoiar o pé no chão, e movimentar o joelho.
A dor e o inchaço normalmente melhoraram nas primeiras semanas, podendo inclusive parecer que houve resolução completa da lesão. Porém, segundo o especialista, a instabilidade pela falta do ligamento permanece, resultando em sensação de joelho frouxo, saindo do lugar, ou até nova torção. Os sintomas de instabilidade podem ocorrer tanto em atividades esportivas quanto em cotidianas.
“Geralmente o tratamento é cirúrgico, utilizando alta tecnologia, e que permite, na maioria dos casos, um retorno do atleta à atividade esportiva”, destaca Lúcio. Ele explica que a técnica utilizada é minimamente invasiva por videoartroscopia, a qual é realizada por meio de uma pequena incisão na pele do paciente, por onde o cirurgião insere o artroscópio – equipamento de alta precisão, que é conectado a um monitor de TV, propiciando ao médico visualizar todo o procedimento cirúrgico com imagens aumentadas e de alta resolução de toda a articulação. “O mecanismo apresenta excelentes resultados, tanto para o retorno ao esporte quanto para uma melhor qualidade de vida a partir do tratamento”, complementa o médico.
O ortopedista ressalta ainda que o período de recuperação é individual, varia para cada paciente. Após a cirurgia, o processo de reabilitação envolve fisioterapia e o retorno às atividades esportivas é gradual.
*Informações Assessoria de Imprensa