O Consulta Remédios, plataforma desenvolvida em Curitiba (PR) e que hoje é o maior comparador do Brasil e o sexto maior do mundo recebe uma média de 20 milhões de usuários por mês, está usando os seus dados para traçar um perfil da saúde do brasileiro. E entre os dados coletados em 2019 estão alguns que mostram que o brasileiro está cada vez mais hipertenso.
Nos últimos dois trimestres do ano passado, por exemplo, os remédios mais buscados estão relacionados à pressão alta, o que mostra que a doença, silenciosa, é um problema no país e que a busca por economia em medicamentos de uso contínuo continua sendo a alternativa para quem tem que reservar uma parte do orçamento para cuidar da saúde. Para se ter ideia, de 2018 para este ano, o número de buscas pelo medicamento Vartaz chegou a aumentar 1042%. O Xarelto, medicamento mais procurado em 2019, e que também é usado na prevenção de AVC e no controle da pressão chega a custar até R$ 269 nas farmácias.
Além desses, remédios para diabetes também estão na lista dos mais procurados, e, como o controle é contínuo, a busca por medicamentos mais baratos também demonstra o quanto os brasileiros dependem de ferramentas como o Consulta Remédios. “Cada vez mais percebemos que somos uma ferramenta útil para todos, sobretudo para aqueles que fazem uso recorrente de algumas categorias medicamentosas. Quando é preciso comprometer parte do orçamento em remédios, a economia faz toda a diferença”, diz Paulo Vion, CEO da plataforma.
Os antibióticos também têm sido uma categoria muito procurada pelos brasileiros. Em 2019, o aumento na busca desses medicamentos foi de 135,19% em comparação com o ano anterior. Entre os cinco mais procurados estão Macrodantina, utilizada no tratamento de infecções urinárias; Gingilone, para o tratamento de infecções bucais, como estomatite; Amoxicilina, utilizada no combate de infecções bacterianas como amigdalite, sinusite e outras doenças; Azitromicina, utilizada para o tratamento de infecções respiratórias como bronquite e pneumonia; e Monuril, também utilizado no tratamento de infecções urinárias.
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Esse aumento retoma a discussão sobre o uso excessivo de antibióticos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, esse número é preocupante, uma vez que pode causar a resistência antimicrobiana, e com isso, a população pode perder a capacidade de tratar infecções comuns, como a pneumonia, por exemplo. “A coleta desses dados torna-se uma importante ferramenta não só para órgãos reguladores, mas também para a população, que precisa estar atenta à saúde e aos medicamentos que vêm sendo consumidos”, alerta Vion.