Para o Simepar, falta de Médicos/as e estruturas precárias prejudicam a Saúde Pública em Curitiba


A chegada do outono e as temperaturas mais baixas levam a maior incidência de doenças respiratórias, em especial as viroses respiratórias. Neste ano, a epidemia de Dengue também vem atingindo parte considerável da população, aumentando a demanda por atendimentos no Sistema Único de Saúde.

Neste cenário, Curitiba vem sofrendo nas últimas semanas uma intensa sobrecarga na sua rede de Saúde, em especial nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Prefeitura. Porém, a atual situação não se pode atribuir exclusivamente ao clima visto que tal situação vem se repetindo todos os anos e é possível reduzi-la.

As UPAs de Curitiba estão sobrecarregadas há anos por dois motivos principais: há poucos médicos/as para realizar os atendimentos e as Unidades Básicas de Saúde não conseguem absorver a demanda de casos menos urgentes, que não seriam caracterizados como de urgência ou emergência.

O número de médicas e médicos nas escalas dos plantões das UPAs está cada vez mais reduzido e atualmente é bem menor de que há dez, doze anos. Além disso, há cada vez menos pediatras nas UPAs, com a maioria dos plantões ficando sem essa especialidade tão importante para atender casos urgentes em crianças. Mas a demanda não diminui, ao contrário, só aumenta.

A Prefeitura argumenta que as UPAs não deveriam receber pacientes com casos leves, que não são urgência ou emergência; mas esses pacientes procuram a UPA, pois não conseguiram atendimento na UBS, ou só podem procurar atendimento nos horários em que a UBS está fechada.

Outro agravante é a constante pressão para que as consultas sejam cada vez mais curtas, o que diminui a resolubilidade dos casos. Isso acontece nas UBSs e nas UPAs com controladores de fluxo que pressionam para que as consultas não sejam “demoradas”, sabendo-se que a necessidade de duração da consulta é decisão do médico e não uma decisão administrativa. Não é preciso ser especialista para concluir…



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