Sobre paz e esperança

    O Natal está chegando.

    Fico com esperança. Esperança de paz e amor caloroso.

    Natal é tempo que as pessoas abrem o coração. Cantam e se reúnem. Corpos e mentes sem medo se abrem à reconciliação que chega sem convite, sem segundas intenções…

    Nesta época, sem alarde e uma avezinha no céu, sinto-me comovida lembrando-me dos meus brinquedos, os livrinhos de pano e contação, minha mãe se opondo de modo enérgico contra o desperdício na casa, o cheiro de canela na cozinha, toda importância que devemos dar àqueles que decidem se orientar pelas coisas simples, senão nada tem sentido.

    Em vez de cair na armadilha de acelerar, abrir mão por um instante de toda ocupação e, paciente, sentar-se sob a sombra fresca de uma Tipuana, testemunhando o desapego das flores no jardim, a suavidade dos bosques que ensinam, sem ruído, a gentil confiança no outro…

    Penso que talvez o Natal queira nos dizer sobre abundância e luz interior, pois uma das razões da vida é realizar o que o próprio coração aspira, mas sem perder, homens e mulheres, a empatia pelos seres, os incertos caminhos.

    À medida que o Natal se aproxima, cresce a capacidade de persistência, ela que nos ajudará a suportar os momentos tristes e nos alegrar com as horas felizes no Ano Novo, ele que já se avizinha com seus frutos e promessas.

    Dentro e fora de nós, precisamos de solidão, nenhuma exigência para nos oferecer à dádiva da Presença… Só assim conseguiremos compartilhar nossa gratidão com os que estão à nossa volta.

    O Natal está chegando! Vamos! Celebremos a força do amor com os tesouros do nosso coração: beleza, bondade, alegria, perdão.

    A todos, votos de Paz e um próspero Ano Novo!