O professor de Psiquiatria na Universidade de Oxford e diretor do National Institute for Health and Care Research (NIHR), Andrea Cipriani, esteve em Londrina esta semana com participantes de uma pesquisa em Saúde Mental e Psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) Campus Londrina, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Oxford University.
Leia também – Hospital das Clínicas da FMUSP é o único hospital público brasileiro em ranking global da Revista Newsweek O programa, inédito no mundo e iniciado em Londrina, reúne dados para o estudo PETRUSHKA, um ensaio clínico randomizado (ECR) para personalizar o tratamento farmacológico para adultos com transtorno depressivo maior no NHS. O objetivo é personalizar o tratamento de indivíduos adultos com depressão bipolar e a pesquisa é direcionada para a comunidade local. A captação dos dados terá a participação de estudantes de Medicina da PUCPR e da UEL. Cipriani enfatizou que as pessoas são um elemento chave de uma instituição internacional que tem a intenção de ser pioneira em termos de inovação e melhorar a prestação de cuidados. “Aqui as universidades formam uma grande equipe, bem integrada, acolhedora e de alto nível em termos de conhecimento, não apenas sobre questões clínicas, mas também sobre os componentes metodológicos do que chamamos de saúde mental de precisão”, comentou. O ambiente e a abordagem colaborativa são o segundo elemento mais relevante para uma pesquisa internacional, seguido pela abertura do grupo à colaboração, segundo Cipriani. “Podemos aprender muito uns com os outros, e a abordagem que vocês têm aqui é bastante única porque se trata de acolher novas ideias, mas também de tentar tornar essas ideias adequadas para a realidade daqui, algo que realmente funcione para o contexto onde vocês trabalham e vivem”, completou. A oportunidade de ouvir e compartilhar ideias com uma autoridade científica como o Professor Cipriani, foi uma experiência muito rica. O professor Paulo Bignardi salienta que a parceria que começou com o grupo de pesquisa do ensaio clínico PETRUSHKA no departamento de Saúde Mental de Oxford, abre oportunidades de troca de conhecimento e de mobilidade para os estudantes e pesquisadores da Escola de Medicina da PUCPR Londrina em uma renomada instituição internacional. Impacto na Comunidade Local
A coordenadora do Núcleo de Apoio ao Pesquisador da Associação Médica (NAP-AML) de Londrina e professora do curso de Medicina da PUCPR Campus Londrina, Karen Fernandes, destacou o avanço na aplicação da plataforma Petruska para a Saúde Mental de Precisão para tomadas de decisão mais assertivas no tratamento. O próprio paciente se envolve na escolha terapêutica em relação aos benefícios esperados x efeitos colaterais da dosagem de fármaco recomendada.
A professora Cristina Pellegrino Baena, da Escola de Medicina da PUCPR Curitiba, enfatizou que o câmpus Londrina tem uma grande vocação na produção de conhecimento para a saúde pública e em saúde mental, além da conexão com entidades públicas e estudantes interessados em participar do projeto. “É um ‘ciclo virtuoso’ de produção de conhecimento, produção de ciência, e, em última instância, melhoria do nível de qualidade de vida e de saúde da população”. A ausência de um programa de mestrado ou doutorado, não impediu o campus de ter grandes referências em pesquisa e linhas muito interessantes com aplicação voltada à melhoria da saúde pública.
As instituições de Londrina envolvidas na pesquisa, inclusive apoiadores, são as universidades PUCPR, UEL, a Prefeitura Municipal, a Associação Médica (AML), o Sebrae e o Instituto Salus.*Informações Assessoria de Imprensa
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