O mês de fevereiro é marcado pela conscientização oncológica e pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer. A doença é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as quatro principais causas de morte antes dos 70 anos de idade na maioria dos países. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, na última década, houve um aumento de 20% na incidência e espera-se que, para 2030, ocorram mais de 25 milhões de casos novos. O câncer de mama feminina e o de próstata foram os mais incidentes com 73 mil e 71 mil casos novos, respectivamente. Em seguida, o câncer de cólon e reto (45 mil), pulmão (32 mil), estômago (21 mil) e o câncer do colo do útero (17 mil).
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Câncer é o nome dado a conjuntos de mais de 100 doenças que possuem em comum, o crescimento desordenado de células, que invadem órgãos e tecidos. Estas células, que se dividem rapidamente, tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, formando tumores que podem se espalhar para demais regiões do corpo.
O Coordenador do Curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Eduardo Bassani, explica que as causas para o surgimento do câncer podem ser variadas. “Os fatores podem derivar de influências externas, tais como o ambiente, práticas costumeiras ou hábitos, ou de elementos internos, como características genéticas. Para alcançar uma redução significativa das doenças, é crucial estimular o acesso a iniciativas de saúde pública e impulsionar campanhas de sensibilização em relação a aspectos controláveis pelo indivíduo. Um exemplo disso seria a pressão para aderir a padrões estéticos, sem levar em consideração a qualidade da saúde”, esclarece.
Segundo Eduardo, o grande desafio para combater o câncer é fazer com que as pessoas sejam estimuladas a adotarem hábitos de vida mais saudáveis. “Para superar um hábito prejudicial, é necessário instaurar uma rotina positiva de comportamentos, realizando uma espécie de substituição, e compreender a origem desse costume e seu impacto na busca por um estilo de vida saudável. É crucial estabelecer uma frequência consistente e repetir essa prática até que ela se torne habitual, assim como consultas periódicas que visam o diagnóstico precoce, algo vital para a eficácia no tratamento de doenças”, afirma.
O fato de a expectativa de vida ter aumentado nos últimos anos é visto pela coordenadora como algo benéfico. “Isso evidencia uma transformação na abordagem das pessoas em relação ao cuidado com sua saúde, a dos membros familiares e até mesmo da comunidade. Essa mudança de foco é atribuída a uma crescente conscientização sobre alimentação, práticas de atividades físicas e lazer por parte da população”, conclui Eduardo.
O profissional da saúde destaca outros pontos importantes que devem ser considerados:
- Não fume: essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago;
- Amamentação: o aleitamento materno é a primeira ação de alimentação saudável e protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil;
- Se for mulher, realize o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos, a partir do início da vida sexual;
- Se for mulher, realize mamografia todos os anos, a partir dos 40 anos de idade, ou antes, se houver caso de câncer de mama na família;
- Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h e use protetor solar diariamente para se prevenir contra os raios UVA e UVB, vilões do câncer de pele;
- Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos;
- Vacine contra a hepatite B para se prevenir contra o câncer no fígado.
*Informações Assessoria de Imprensa