O combate às fake news da hesitação vacinal tem um aliado de peso: os personagens da Turma da Mônica. Por meio de uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Instituto Questão de Ciência (IQC), o Instituto Cultural Mauricio de Sousa roteirizou e produziu a revista em quadrinhos “Fake News da Vacinação”.
O conteúdo explica, ao longo de 20 páginas, a origem das fake news das vacinas, como elas se espalham e as suas graves consequências, como o risco de reaparecimento de doenças extintas no Brasil, a exemplo do sarampo e da poliomielite. Tudo de uma maneira lúdica, que inclui passatempos e um roteiro que insere o tema da hesitação vacinal numa interação entre os personagens Cebolinha, Fernando e Luca e seus familiares, dando destaque ao papel do pediatra no esclarecimento do funcionamento das vacinas e da sua importância para prevenir doenças.
A revistinha retrata situações que, infelizmente, tornaram-se comuns hoje em dia. Nele, os pais de Fernando decidem não vacinar o filho por terem visto “na internet” que isso pode ser “muito perigoso” e “fazer mal” para a saúde da criança. Mas, ao sair para uma partida de basquete com Cebolinha, Fernando conhece Luca, personagem que usa cadeira de rodas. O menino conta como seus pais, ao darem ouvidos a “boatos sobre as vacinas”, deixaram-no vulnerável à poliomielite. Também conhecida como paralisia infantil, a doença foi erradicada há quase 35 anos no Brasil, mas tem voltado a preocupar os pediatras devido à queda na cobertura vacinal.
A revistinha é mais uma iniciativa em conjunto entre SBP e IQC para combater a hesitação vacinal. Recentemente, as instituições apresentaram um estudo inédito no País com 1.000 pediatras brasileiros para compreender a visão dos especialistas a respeito da vacinação e das fake news. Segundo a pesquisa, o medo de possíveis eventos adversos (com 19,76%) aliado à falta da confiança nas vacinas…