Nadar deixou de ser o único verbo regido por quem gosta de se exercitar debaixo d’água.
Hoje dá para correr, pedalar, se alongar e até fazer posturas de ioga dentro da piscina ou em cima de uma prancha na praia.
É líquido e claro: as modalidades aquáticas, praticadas em academias, clubes ou mesmo no mar, vivem um processo de diversificação e popularização. Pudera: com um calor desses, nada melhor do que unir o útil dos movimentos com o agradável dos esguichos.
Diante da necessidade (e da oportunidade) de tornar as piscinas tão atraentes quanto as salas de musculação e as arenas esportivas, surgiram adaptações de atividades originalmente concebidas para terra firme, caso da hidrobike e do biribol, o vôlei aquático.
Sim, foi-se o tempo em que só havia espaço para natação e hidroginástica. Agora as pessoas procuram treinos de força na água, aulas de surfe em piscinas com ondas e até o ketball, uma mistura de squash com beach tênis jogada no rasinho com uma rede no meio.
Mas o que explica essa onda? Fora o calorão que acompanha as mudanças climáticas, o médico do esporte e ortopedista André Pedrinelli credita o avanço na oferta a inovações de mercado para fisgar praticantes.
“Entre chegar, trocar de roupa, entrar na água e tomar banho, muita gente achava que perdia tempo demais na piscina em comparação com a academia comum”, avalia o professor da Universidade de São Paulo (USP).
Solução: encontrar outras iscas para o povo mergulhar e cumprir esse ritual.
Os precursores foram os esportes em equipe, como polo, vôlei e basquete aquático, que nem exigiam grandes adaptações no ambiente. Mas práticas individuais foram ganhando espaço, com direito a surfe no meio da cidade.
Quer algo mais suave e bacana para aprimorar o equilíbrio? Sessões de ioga na água podem ser uma boa pedida. Prefere uma prática mais dinâmica…