A ABCIS – Associação Brasileira de CIO Saúde realizou o congresso ABCIS, evento que aconteceu, em paralelo com o Global Summit Telemedicine, no período de 20 a 22 de novembro, em SP. O tema, “A tecnologia como principal alavanca de transformação e inovação na saúde”, discutido por mais de 100 palestrantes, 28 painéis e atraiu nomes de peso que lideram os projetos de TI área da saúde brasileira em instituições privadas, como DASA, Fleury, Hospital Alemão São Cristóvão, Hospital BP, Prevent Senior, Hospital Albert Einstein, entre outras.
É unânime a afirmação de que a saúde precisa ser colaborativa e beneficiar a todos, por isso, investir em Transformação Digital é o melhor caminho para alcançar resultados reais. “Ao avaliar prioridades para a saúde brasileira, não tenho dúvidas da importância em acelerar a transformação Digital. Se você não está evoluindo, está se tornando obsoleto, especialmente na saúde”, afirma Vitor Ferreira, presidente da ABCIS.
Entre os destaques do evento, foram anunciados: Painéis sobre as trilhas do INMAT – Um índice inovador que avalia a maturidade tecnológica de instituições de saúde fornecendo um roteiro estratégico para a transformação digital; Lançamento do manual de diretrizes para o gestor de TI – Um guia abrangente destinado a fornecer as melhores práticas e diretrizes estratégicas para os profissionais de TI na saúde; Lançamento do observatório de TI na saúde – Estudo inédito que irá mapear o que existe de tecnologias em uso pelos hospitais brasileiros e Jantar de premiação para os Notáveis de 2023 – uma oportunidade de reconhecer e premiar os líderes mais influentes em TI na saúde.
O primeiro dia do Congresso ABCIS abordou o eixo Transformação Digital com a apresentação de oito casos de sucesso de oito instituições diferentes, que aceitaram o desafio colocado pela ABCIS de compartilhar o ônus e o bônus de cada um no dia a dia ao liderar a pauta transformação digital nas suas respectivas instituições.
O Grupo Fleury apresentou “A importância da integração da Jornada do Cuidado do Paciente”. Edgar Rizzarti, CIO do Grupo Fleury, informou que manter o foco nas entregas que beneficiam o cliente, além de colaboração e trabalho em conjunto, entregam muito mais valor. Incorporar feedback, aceitar mudanças de requisitos e mais proximidade com a área de TI, foram algumas das estratégias assertivas do Grupo Fleury.
Patricia Hatae, CIO do Hospital São Cristóvão, contou sobre a jornada de transformação digital da instituição, um Grupo Centenário com 290 leitos e público predominantemente classe C e D. A executiva salientou que com o paciente engajado é possível fazer análise preditiva e, assim, evitar sinistralidade. “A tecnologia permite organizar a informação para auxiliar na compreensão de diferentes cenários administrativos, modelos preditivos e assim direcionar de forma estratégica a tomada de decisão”, conta Patricia, que destacou a importância da integração dos sistemas, com o intuito de coletar dados, que é o insumo básico para a Inteligência Artificial.
“Evento maravilhoso, onde pudemos encontrar diversos amigos, parceiros, mas, principalmente evoluir como segmento. Quanto mais nos juntarmos para fazer algo em prol do segmento, certaremos iremos evoluir em maturidade e soluções mais assertivas”, afirma Ricardo Vanicelli, executivo de TI. “A Transformação Digital é uma responsabilidade institucional, não é tarefa da TI”, disse Alex Vieira, CIO do HCor, que em menos de três anos conseguiu transformar a instituição em um hospital 100% digital, pois segundo o executivo implementar transformação não faz sentido sem gerar resultados.
No segundo dia do evento, a pauta abordou o eixo Cibersegurança e apresentou cases do Hospital Moinhos de Vento, Hospital Sírio Libanês, entre outros, além de um painel com o tema “A questão não é mais ser atacado e sim quando. Qual o plano B, como reportar o Board?”, que contou com a participação dos executivos Ricardo Vanicelli, Allef, CIO do São Camilo, e Felipe Colucci da DASA.
A transparência no relatório e na tomada de decisões foi o foco do painel. “Não abro mão de regras seguras”, pontuou Felipe Colucci, Gerente executivo da DASA, que não permite a nenhum colaborador o uso de dispositivos pessoais conectados na rede DASA.
Evandro Luis Moraes, Superintendente administrativo do Hospital Moinhos de Vento, ressaltou sobre a importância da jornada do paciente orientada a dados, a normatização de dados clínicos e a interoperabilidade de dados Data Lake. “É fundamental analisar o nível institucional de maturidade em dados a fim de criar um plano de ação com o objetivo de implementar uma cultura em governança de dados”, afirmou o executivo.
O evento encerrou no terceiro dia com o eixo Data Lake e IA, além do debate dos executivos de empresas como DISTRITO, InovaHC, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Healthcare Alliance, USP, CTC, ABGI e AC Camargo, sobre como aplicar projetos de IA na saúde, os benefícios e as possibilidades disponíveis no mercado.
O professor Alexandre Chiavegatto, professor de Machine Learning em saúde na USP, explicou que a IA trará grandes benefícios para a saúde. “Trabalhamos incansavelmente na correção de algoritmos, por exemplo com o objetivo de eliminar erros, principalmente em questões éticas. Algoritmos não criam preconceitos, humanos criam”, afirma o professor.
O painel de encerramento sob o tema “Reinventando a saúde: Como é gerar valor no processo do Cuidado através da inovação”, foi o ponto alto do evento. De acordo com Vitor Ferreira, a burocracia ineficiente ceifa muitas vidas que seriam salvas com o uso de ferramentas mais inteligentes em nossos hospitais. “O desejo de voltar ao hospital por preferência deve-se principalmente para tratar a saúde e não apenas doenças. A Transformação Digital na saúde do Brasil possibilitaria agilizar diagnósticos e tratamentos, salvando muitas vidas em tempo hábil.”, finaliza Vitor Ferreira, presidente da ABCIS.
*Informações Assessoria de Imprensa
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