Quais os desafios relacionados às doenças negligenciadas ainda mais diante das alterações climáticas, favoráveis à expansão de vetores de enfermidades como a dengue? Essa é uma das questões que nortearão os debates do evento 20 anos da DNDi: Soluções sustentáveis para desenvolver a melhor ciência para populações ainda negligenciadas, que acontece no dia 28 de novembro, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Promovido pela organização internacional Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi) e pelas entidades que a fundaram, Fiocruz e Médicos Sem Fronteiras (MSF), o evento traz luz para um tema que vem preocupando especialistas já que as doenças negligenciadas afetam mais de 1,7 bilhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O evento marca os 20 anos da DNDi e vai reunir especialistas internacionais, laboratórios farmacêuticos, formuladores de políticas públicas e organizações da sociedade civil, atores fundamentais no campo de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para doenças negligenciadas. Entre os tópicos que serão abordados, estão ainda os avanços feitos pela DNDi e seus parceiros desde a fundação da organização, tanto na área de desenvolvimento de tratamentos quanto no acesso a medicamentos. Em duas décadas a DNDi – e parceiros – entregou 12 tratamentos para seis doenças negligenciadas.
A presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, é esperada. Além dela, participam do encontro Michel Lotrowska, presidente da DNDi América Latina; Sergio Sosa-Estani, diretor da DNDi América Latina; Mario Moreira, presidente da Fiocruz; Christos Christou, presidente internacional da MSF; John Reeder, diretor do Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR) da OMS; Jorge Bermudez, pesquisador sênior e conselheiro da Fiocruz, entre outros especialistas nacionais e estrangeiros. A inscrição deve ser feita no site da DNDi.
Segundo a OMS, há cerca de 20 doenças negligenciadas, entre as quais leishmaniose, dengue, Chagas e hepatite C, que estão fora do clássico sistema de P&D de medicamentos ou recebem pouco investimento para inovação e descoberta de terapias mais eficazes. Por causa disso, os tratamentos, quando disponíveis, causam fortes efeitos colaterais, têm eficácia limitada e são longos.
*Informações Assessoria de Imprensa