A Saúde Suplementar precisa de mais atenção e de melhor entendimento por parte do governo e da sociedade. É fundamental que se entenda o quanto o setor é vital para o país, desafogando o SUS e proporcionando uma assistência à saúde de qualidade para um quarto da população brasileira. Isso sem contar a geração de empregos e o estímulo ao desenvolvimento econômico. Segundo o Relatório do Emprego da Cadeia Produtiva da Saúde, do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar, até maio deste ano, o setor acumulou quase cinco milhões de vínculos empregatícios.
De acordo com o painel da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o setor, responsável pelo atendimento de 25% da população brasileira, em 2022 realizou cerca de dois bilhões de procedimentos. O Sistema Unimed, responsável pelo atendimento de 10% da população brasileira, segue a mesma grandeza de números. O total de eventos assistenciais das cooperativas médicas no Brasil foi de quase 600 milhões. O que representa 380 milhões de exames, 104 milhões de consultas médicas, 60 milhões de atendimentos ambulatoriais, 24 milhões de terapias e três milhões de internações.
Apesar desses números e de sua importância, a saúde suplementar enfrenta desafios gigantescos, que envolvem não apenas a regulação e os custos elevados, derivados da chamada inflação médica, mas também obstáculos administrativos, políticos e burocráticos que afetam o acesso e a qualidade. A judicialização é um desses entraves. Exige esforço hercúleo das operadoras apenas na tentativa de que os contratos sejam atendidos e respeitados.
Nos últimos anos, os problemas vêm se acumulando, com projetos do poder público que visam ampliar benefícios, sem, contudo, passarem por análise mais aprofundada do que realmente é possível. A…