Especialista do IBES explica a diferença entre validação e certificação de entidades de saúde

entidades saúde
(Foto: Freepik)

A validação e a certificação de entidades de saúde é um tema que desperta muitas dúvidas. Afinal, são procedimentos complexos e que demandam envolvimento de toda a equipe. Mas conforme explica Vivian Giudice, Diretora Executiva do IBES (Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde), ambos são dois conceitos distintos, relacionados com a verificação e a confirmação da conformidade de algo em relação a determinados critérios ou padrões.

“Enquanto a certificação é uma avaliação independente de terceiros (de instituição certificadora ou acreditadora, tal como o Grupo IBES) sobre a conformidade em relação a padrões e requisitos de uma metodologia de certificação, a validação é um conjunto de estudos que comprovam, por meio de testes, que um procedimento, equipamento, material funciona e é reprodutível”, esclarece Vivian Giudice, diretora executiva do Grupo Ibes. Ela menciona a ISO 9001:2015, e a Práticas Seguras de Prevenção de Lesão por Pressão, como exemplos de certificação.

De acordo com a diretora, no Brasil, por determinação da ANS (Agencia Nacional de Saúde), instituições certificadoras e/ou acreditadoras no âmbito da saúde devem ser acreditadas pelo INMETRO ou ISQua (International Society for Quality in Healthcare). É o caso do IBES, entidade voltada para prover serviços de alta competência e alinhados aos padrões internacionais de acreditação em saúde.

Por outro lado, a validação é amplamente utilizada para assegurar que produtos e equipamentos atendem a especificação de fabricação. “Portanto, a validação não tem valor de certificação”, afirma Vivian.

A diretora do IBES lembra ainda que a certificação é comumente encontrada em diversos setores, inclusive o de saúde, e é usada para demonstrar a conformidade com padrões reconhecidos e a confiabilidade gerada ao fim de um processo. A avaliação dessa confiabilidade leva em consideração um conjunto de fatores, tais como, pessoas, produtos, equipamentos, estrutura física, fluxos e diretrizes.

Já na validação, o objetivo é determinar se algo é capaz de realizar a função pretendida de acordo com as expectativas estabelecidas – o que pode ser realizado por meio de testes, análises, simulações ou outros métodos. Vivian reforça que, neste caso, pretende-se garantir que o resultado final atenda às necessidades ou às especificações estabelecidas.

Para Vivian, a principal vantagem da certificação é a credibilidade externa, uma vez que ela é emitida por organismos de certificação reconhecidos e imparciais, capazes de conferir credibilidade e confiança aos clientes, parceiros de negócios e outras partes interessadas. “Ela demonstra que um serviço, processo ou sistema foi avaliado e comprovadamente cumpre os requisitos de qualidade, segurança ou conformidade estabelecidos pelos padrões ou regulamentos aplicáveis”.

Com a certificação, as entidades de saúde têm acesso a mercados específicos. Em muitos setores e indústrias, a certificação é um requisito obrigatório para as empresas atuarem. “Uma certificação oficialmente reconhecida permite a entrada em mercados restritos e facilita a aceitação dos produtos ou serviços pelos clientes”, salienta a diretora.

Outra vantagem destacada por ela é a melhor reputação e a vantagem competitiva, pois a certificação demonstra o compromisso com a qualidade, segurança, sustentabilidade ou outros critérios relevantes. Conforme Vivian, uma organização certificada pode ser percebida como mais confiável, profissional e preocupada com a excelência, o que influencia positivamente a imagem da empresa.

Para finalizar, Vivian salienta que a certificação também está diretamente relacionada com conformidade às regulamentações. “Em alguns casos, a certificação é necessária para cumprir obrigações legais ou regulatórias. Isso pode ser especialmente relevante em setores altamente regulamentados, como saúde”, conclui.

*Informações Assessoria de Imprensa

Confira mais notícias de Negócios & Mercado no Saúde Debate