Apesar das incertezas que cercam o que se denomina de inteligência artificial (IA), a ferramenta se apresenta como uma tecnologia promissora nas mais diferentes áreas, inclusive nos serviços de gestão de saúde.
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Essa é a percepção de executivos da área, entre eles, Fernando Paragó, diretor médico da Pró-Saúde, uma das maiores entidades de gestão hospitalar do Brasil. Para esse grupo, a IA já impacta segmentos de saúde, mesmo que alguns, ainda de forma tímida e pontual.
“Algoritmos de IA já analisam imagens médicas”, explica o executivo. “É o que acontece em radiografias, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas”, observa Paragó. Ele também disse que procedimentos são frequentes em unidades de urgência e emergência, ajudando médicos na detecção de doenças com necessidade de intervenção imediata.
Um relatório sobre inteligência artificial da Universidade Stanford, divulgado em 2022, apontou que em 2021 houve um aumento de 40% de investimentos em IA para medicina e saúde. O setor privado investiu US$ 11,3 bilhões em pesquisas e inovação na nova tecnologia.
Paragó acrescenta que já é uma realidade o uso da ferramenta para auxiliar na triagem de pacientes, identificando aqueles que precisam de atenção urgente. Além disso, a tecnologia apoia no monitoramento remoto de pacientes, permitindo o acompanhamento de sinais vitais e sintomas, especialmente em pacientes com doenças crônicas.
A IA também sido eficiente na automatização de tarefas administrativas e burocráticas, como agendamento de consultas, preenchimento de formulários e gerenciamento de registros médicos eletrônicos. A vantagem é que esse uso libera o tempo dos profissionais de saúde para que se concentrem no atendimento ao paciente.
Por outro lado, o uso da inteligência artificial pode resultar em dores de cabeça. Uma das principais preocupações é a segurança e a privacidade dos dados. Essa prática tem sido identificada como Governança de Dados ou Governança em IA. Com o uso da IA, grandes quantidades de informações confidenciais de pacientes são processadas e analisadas.
“É fundamental que as instituições que se propõem a usar estas tecnologias estabeleçam um sistema de regras”, sugere Paragó. Nesse contexto, ele reforça a necessidade de se desenvolver práticas de controle e processos de utilização. “É preciso que os dados [das pessoas] sejam protegidos de forma adequada para evitar violações de privacidade e garantir a conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis”, alerta o executivo de saúde.
Paragó afirma que, à medida que a IA se torna cada vez mais relevante na gestão hospitalar, é essencial abordar as incertezas com responsabilidade, garantindo benefícios maximizados.
“Fica sob a nossa responsabilidade a tarefa de utilizá-la de forma racional, não para fortalecer práticas e modelos equivocadas do passado, mas para promover um redesenho do sistema na direção de atender às necessidades dos seus usuários”, finaliza o médico Fernando Paragó.
*Informações Assessoria de Imprensa
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