G1 cita posição da AMB sobre ozonioterapia


Por Sara Resende, TV Globo — Brasília

Não há comprovação científica de que a ozonioterapia pode ajudar no combate ao câncer, infecções virais, endometriose, hérnia, doenças circulatórias e outros.

O Senado aprovou nesta quarta-feira (12) projeto que permite a terapia com ozônio (ozonioterapia) como tratamento complementar no Brasil. O texto, já aprovado pela Câmara, seguirá para a sanção do presidente Lula.

Esse tipo de terapia chegou a ser sugerida pelo prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), durante a pandemia de Covid-19. O prefeito afirmou que a aplicação de ozônio por via retal daria um “resultado excelente”. A técnica, entretanto, não tem eficácia comprovada contra o coronavírus ou qualquer outra doença.

Neste tipo de procedimento, o gases oxigênio e ozônio são injetados diretamente na pele ou misturados ao sangue do paciente na tentativa de conter infecções ou de aumentar a oxigenação do tecido.

Clínicas de estética têm realizado o tratamento sob a promessa de que esse retarda o envelhecimento. Contudo, não há comprovação científica nesse sentido nem de que a ozonioterapia pode ajudar no combate ao câncer, infecções virais, endometriose, hérnia, doenças circulatórias e outros.

No ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota explicando que, além de fins odontológicos e estéticos, não há “nenhuma evidência científica significativa” de que a ozonioterapia é eficaz para tratar quaisquer outros casos de doenças. Em 2020, o Conselho Federal de Medicina (CFM) soltou nota para reforçar que o tratamento não era reconhecido para a Covid.

A Associação Médica Brasileira (AMB), que já havia se posicionado contra o projeto aprovado pelos senadores em 2021, informou nesta quarta que o procedimento é um “tratamento alternativo” e “não existem evidências científicas que comprovem a eficácia deste tipo de gás em…



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