Convido a todos os leitores e leitoras a acessarem a Nota Orientativa elaborada pela Secretaria de Saúde do Paraná (SESAPR) nº06/2021 sobre ORIENTAÇÕES SOBRE MANEJO E ACOMPANHAMENTO DA SÍNDROME PÓS-COVID. Chamo a atenção desta situação que aflige tanto profissionais da saúde (tanto pública quanto suplementar, tanto da atenção primária quanto dos serviços especializados) quanto pacientes e familiares de pacientes que sobreviveram a esta afecção tão importante na atualidade: infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV 2) ou COVID19. Clique aqui para conferir a nota
Conforme a SESAPR, “Dentre os diferentes desafios a serem enfrentados em decorrência da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) é necessário acompanhar o que ocorre após a fase aguda da infecção. Os sinais e sintomas de longo prazo dependem da extensão e gravidade da infecção viral, dos órgãos afetados e da ‘tempestade de citocinas’ durante a fase aguda da COVID-19. Diante do cenário é importante priorizar a INVESTIGAÇÃO dos sintomas residuais após a COVID-19, uma vez que o desenvolvimento de técnicas eficientes e de baixo custo, para tratar e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com sequelas de longa duração, será fundamental para reduzir a pressão sobre os serviços de saúde. Enquanto novos estudos estão sendo realizados para avaliar a extensão destas complicações e quais indivíduos estão mais suscetíveis, é fundamental a ação pragmática e ampla da ATENÇÃO PRIMÁRIA para identificar e avaliar a complexidade das sequelas e encaminhar os pacientes para serviços da atenção secundária. Devido ao caráter sistêmico das manifestações clínicas da Síndrome pós-COVID é importante ABORDAGENS MULTIDISCIPLINARES, incluindo praticamente todos os profissionais da assistência à saúde.”
Importante salientar que estes sinais e sintomas associados à evolução após a infecção aguda COVID-19 podem se manifestar em diversos sistemas, em diferentes intensidades e diferentes tempos de apresentação, sendo totalmente individualizada. Ou seja, dois pacientes com COVID podem evoluir totalmente diferente após a infecção aguda. Saliento que o conhecimento sobre esta afecção está em contínua construção. Assim, não temos todas as respostas, mas a ciência busca constantemente respostas e soluções tanto para a infecção aguda COVID-19 quanto para suas consequências e evolução.
Boa leitura a todos e todas e até a próxima coluna!
* Elide Sbardellotto Mariano da Costa é graduada em Medicina pela UFPR. Especializações registradas: Clínica Médica, Cardiologia e Medicina Preventiva e Social. Área de atuação em Auditoria e Administração em Saúde. MBA Executivo em Gestão de Saúde pela ISAE / Fundação Getúlio Vargas. Mestrado em Medicina Interna pela UFPR. Servidora concursada da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. Em doutoramento pela UFPR, além de colunista do Saúde Debate
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