O home office foi amplamente aderido pelas empresas na pandemia e esse modelo de trabalho tende a continuar em 2022, com boa parte atuando em esquema híbrido – a mescla do presencial e em casa. Passando horas digitando no computador e celular, a principal ferramenta de trabalho – as mãos – acabaram sendo significativamente impactadas. Este contexto fez com que muitas pessoas sentissem mais dores nas mãos.
Especialistas em cirurgia da mão já têm percebido o aumento de casos que chegam aos consultórios com esse perfil, no entanto, com a pandemia, muitas pessoas têm deixado de procurar atendimento médico. “Daqueles que estão voltando a procurar consultas médicas, encontramos casos de pacientes sintomáticos há muito tempo, mas que deixaram de procurar assistência médica. Ouvimos relatos como ‘estou sentindo dores no ombro, ou no punho e na mão, há um ano'”, fala o médico cirurgião da mão, Henrique de Barros Pinto Netto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão.
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Um dos problemas mais comuns é a tendinite, processo inflamatório na região dos tendões, em função de esforço repetitivo. O médico ressalta que, para evitar esses e outros problemas, fazer intervalos no decorrer do expediente é ato importante. “A pessoa deve fazer uma pausa, mexe as articulações, alongar, isso ajuda a prevenir”, afirma.
Alerta
As dores nas mãos, na pandemia, foram sendo “levadas” na rotina por muitas pessoas. A ida ao médico ainda tem sido adiada. O presidente da SBCM ressalta que, ao procurar um especialista na fase inicial, evita-se que a dor se torne crônica. “Um diagnóstico tardio abre espaço para crises de dores cíclicas, o que pode dificultar o tratamento, sendo necessário muito mais tempo para diminuir o processo inflamatório”, salienta. “Para evitar sequelas e cirurgias, é de extrema importância procurar um especialista, que fará o diagnóstico para o tratamento precoce e adequado. Sempre será melhor prevenir do que remediar”, conclui Netto.
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