Sesa capacita cerca de dois mil profissionais para a Atenção Materno Infantil

O olhar profissional voltado para o cuidado à gestante e ao bebê, com toda a equipe “falando” a mesma linguagem, aplicando o protocolo da linha guia de atenção e devidamente qualificada para o enfrentamento de intercorrências que possam surgir no período da gravidez, parto e pós-parto: este é o objetivo da capacitação que a Secretaria da Saúde do Paraná (SESA) desenvolve junto a aproximadamente dois mil profissionais que atuam em todas as regiões do Estado.

 

Nesta terça-feira (6), o evento aconteceu em Ibiporã, na macrorregião Norte. Na semana passada, foi realizado em Cascavel e, posteriormente, chegará às macrorregiões de Maringá, no dia ‪22 de novembro, e Curitiba, no dia ‪6 de dezembro.

 

“Nosso objetivo é que toda equipe atue de forma integrada e articulada diante de situações que possam impactar a mortalidade materna e de bebês; esta é uma das prioridades da gestão e neste caminho temos grandes desafios, como a redução do número de cesáreas, de partos prematuros e das desigualdades socioeconômicas. Por isso a capacitação abrange profissionais de todo o estado”, afirmou o secretário da saúde Beto Preto.

 

Esta é uma das ações que o Paraná realiza para o enfrentamento da mortalidade materna, infantil e fetal. “A partir desta capacitação, vamos organizar processo de educação permanente para qualificação dos cuidados às mulheres grávidas e a seus bebês, utilizando metodologias ativas, baseadas na discussão de casos e imersão no conteúdo”, complementa a diretora de Atençao à Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

 

Foco

Um dos focos do trabalho da SESA busca a redução da Razão de Mortalidade Materna. A RMM é o indicador mais utilizado no mundo; registra o número de mortes maternas na gestação e até 42 dias após o parto e, faz a relação proporcional com 100 mil bebês nascidos vivos. “O Paraná registra hoje 45,7 óbitos maternos para cada 100 mil nascidos vivos. É um número preocupante, estamos em alerta para o fortalecimento dos serviços oferecidos, eliminação das lacunas ao acesso, sensibilização das equipes, disponibilidade de medicamentos essenciais e sangue” complementa a coordenadora de Vigilância Epidemiológica Acácia Nasr.

 

No ano passado, a Razão de Mortalidade Materna no Paraná ficou em 50,0/100 mil nascidos vivos. No ano de 2015, esta taxa chegou a 51,6. “A redução que apresentamos até este momento parece pequena, mas é uma grande conquista quando tratamos de vida”, ressalta Acácia Nasr.