A imunização avança no país e, com ela, surgem adaptações no processo de vacinação contra Covid-19. O que muda para gestantes e adolescentes a partir de agora, com os recentes anúncios por parte do Ministério da Saúde?
A segunda dose da vacinação contra a Covid-19 para as gestantes e as puérperas teve alteração, mas apenas para aquelas que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca. A segunda dose deve ser preferencialmente da Pfizer. Em caso de indisponibilidade deste imunizante, as gestantes devem ser imunmizadas com a CoronaVac. A orientação foi divulgada pelo Ministério da Saúde por meio da Nota Técnica nº 6/2021.
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A suspensão da AstraZeneca para imunização de gestantes e puérperas ocorreu em 11 de maio no Estado, após orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde. Desde então, não foram mais administradas nesse público. De acordo com o Ministério da Saúde, a nova orientação “considera dados de boa resposta imune em esquemas de intercambialidade, bem como dados de segurança favorável, considerando ainda a importância da segunda dose para assegurar elevada efetividade contra a Covid-19”.
Além de gestantes e puérperas, aqueles que receberam a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19 em outro país, e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose, também devem seguir essa recomendação.
A segunda dose deverá ser administrada no período previamente determinado, respeitando o intervalo adotado para o imunizante utilizado na primeira dose, ou seja, para gestantes e puérperas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca, a segunda dose com a Pfizer ou CoronaVac deve ser aplicada após 12 semanas. Já nos casos de outras vacinas, aplicadas no Exterior, deve-se verificar o intervalo indicado pelo fabricante da D1.
A vacinação contra Covid-19 para adolescentes entre 12 e 17 anos foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. De acordo, esse público será incluído no Plano Nacional de Imunização (PNI) e isso vai acontecer após envio da primeira dose para a vacinação de adultos com mais de 18 anos. Adolescentes com comorbidades serão os primeiros a serem imunizados.
A medida foi acertada durante reunião entre o ministério e representantes de estados e municípios. Também foi definido que, após a distribuição da primeira dose dos imunizantes para todo o país, o ministério deve decidir sobre a antecipação do intervalo entre as duas doses da Pfizer, que, atualmente, é de 90 dias. Na bula do fabricante, o intervalo é de 21 dias. A redução é estudada para acelerar a imunização diante do crescimento dos casos de pessoas infectadas com a variante delta do vírus da Covid-19.
Os estados e municípios ainda deverão seguir as orientações do Ministério da Saúde sobre os intervalos entre as doses de vacinas e outras recomendações do PNI.
* Com informações da AEN e da Agência Brasil
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